Você sabia que a última vez em que o Dia da Sobrecarga da Terra ocorreu em dezembro foi em 1972? Isso mesmo, após esse ano, os recursos naturais da Terra passaram a se esgotar em menos de um ano. Em 2019, esse dia foi em 29 de julho; em 2020, foi no dia 22 de agosto; e em 2021, voltou a acontecer mais cedo em 29 de julho. Continue com a gente para saber tudo isso!
Você sabe o que é o Dia da Sobrecarga da Terra?
O Dia da Sobrecarga da Terra está atrelado ao uso de recursos renováveis do nosso planeta pela humanidade. A partir de dados sobre desmatamentos florestais, plantação e colheita de alimentos com uso de agrotóxicos para atender uma maior demanda, e até mesmo de emissões de carbono ligadas à essas atividades e outras, o consumo dos recursos é calculado pela GFN (Global Footprint Network).
Assim, esse dia é marcado pelo momento em que a humanidade consumiu todos os recursos naturais que o planeta é capaz de renovar durante um ano. Desde 1972, esse dia acontece antes de completar um ano, ou seja, isso significa que precisaríamos de mais de uma Terra para satisfazer o uso anual de recursos de toda população.
Para fazer este cálculo, divide-se a capacidade de recursos ecológicos renováveis do planeta e multiplica-se por 365 dias (1 ano).
E como podemos reverter esse quadro?
Com essas marcas, precisaríamos de quase 2 Terras para sustentar o comportamento da população mundial atual. Para reverter esse quadro, uma das principais medidas discutidas é sobre diminuir nossa pegada de carbono, também conhecida como pegada ecológica.
A quantidade de carbono da pegada é calculada a partir das atividades rotineiras de uma pessoa, como ir ao trabalho ou faculdade. Sabemos também que o cultivo e desmatamento, a criação de gados, a queima de combustíveis, a produção de indústrias e outras atividades também contribuem para a emissão de gás carbônico na atmosfera, por isso essas atividades também entram no cálculo.
Olha só um exemplo: sabe-se que um dia inteiro de folga por semana diminuiria nossa pegada de carbono em 30%! Inclusive, esse é um dos fatores que pode ter contribuído para que o Dia da Sobrecarga da Terra chegasse mais tarde em 2020, afinal, por conta da pandemia, muitas pessoas estão em home office.
Sobre o assunto, segundo a Diretora Executiva da Global Footprint Network (GFN), Laurel Hanscom, a pandemia tem mostrado a necessidade de mudanças efetivas na busca pelo equilíbrio do meio ambiente e da população.
“A humanidade tem estado unida pela experiência comum da pandemia e demonstrou como as nossas vidas estão interligadas. […] Tornar a regeneração um elemento central dos esforços de reconstrução e recuperação tem o potencial para resolver desequilíbrios tanto na sociedade humana como na nossa relação com a Terra”, disse Laurel em um comunicado da GFN.
Mas, como vimos, só isso não bastou para que o dia da sobrecarga da Terra fosse ainda mais tardio. Afinal, em 2021, ainda durante a pandemia, a pegada ecológica total da Terra aumentou 6,6% em relação ao ano anterior, fazendo com que o Dia da Sobrecarga chegasse mais cedo, em 29 de julho. O fato é que consumimos muitos produtos que são os grandes responsáveis pelos gases emitidos, além de serem responsáveis pelo grande uso de água na sua confecção, como embalagens de alimentos, fertilizantes e combustíveis.
Então, quais são as medidas recomendadas para diminuir a pegada de carbono? Algumas pequenas ações como comprar alimentos in natura (fora das embalagens), preferir por sacolas sustentáveis para o mercado, andar mais a pé ou de bicicleta, preferir o consumo de alimentos orgânicos, continuar dias de home office no trabalho e até mesmo diminuir o consumo de energia elétrica (apague as luzes!) já trariam ganhos para a diminuição da emissão de carbono.
Vale mencionar que a projeção para o esgotamento total dos recursos da Terra era para o ano de 2072. Atualmente, ela foi revisada levando em consideração a trajetória dos dias da sobrecarga nos últimos 50 anos, e agora está previsto para 2030.
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REFERÊNCIAS