Entenda o que é Terceira Via e o que está em jogo nas eleições 2022!
O Brasil vive um momento único em sua história, atravessando, possivelmente, sua maior crise, que reúne aspectos socioeconômicos, políticos e, claro, sanitários.
Esse cenário, somado aos problemas estruturais do país e às rápidas mudanças que vêm acontecendo no cenário internacional – haja vista à guinada da geopolítica mundial em direção ao Oriente, as revoluções tecnológicas e o combate ao aquecimento global – colocam as eleições de 2022 entre as mais importantes da história da nação, que precisará buscar uma forma de se posicionar nesse “novo mundo”.
Nesse sentido, considerando que o debate eleitoral se faz cada vez mais presente, começa-se a apurar as preferências do eleitorado – sendo notória a existência de uma parcela da população que rejeita tanto o Presidente Jair Bolsonaro quanto o ex-presidente Luís Inácio “Lula” da Silva, líderes das primeiras pesquisas de intenção de voto. Isso despertou a busca por uma alternativa que atenda aos interesses desses eleitores, surgindo então o discurso a favor de uma “terceira via”.
Mas o que significa esse termo? Por que ele é importante para as eleições de 2022? O que defendem seus apoiadores e críticos?
Nas próximas linhas, será explicado um pouco mais sobre esse conceito que está bastante ligado à história política brasileira recente, que promete ser importante para compreender as eleições gerais de 2022.
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O que significa a expressão “Terceira Via”?
A expressão “Terceira Via” não é original do Brasil. Ela foi criada como uma “proposta de renovação política e econômica alternativa ao socialismo e ao liberalismo”, tendo como um de seus criadores o sociólogo Anthony Giddens, ligado ao partido trabalhista britânico.
A teoria formulada atingiu um nível de sucesso considerável, uma vez que foi indicada, à época, como linha política de figuras importantes, como Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil, Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos da América (EUA) e Tony Blair, ex-primeiro-ministro da Grã-Bretanha.
Os dois últimos foram explícitos nesse sentido, quando em conferência em Nova York para lançar a ideologia, “rejeitaram a crença neoliberal de que tudo pode ser deixado para o mercado, mas também viam a tradicional fé na intervenção estatal na economia por parte da esquerda como datada”[1][2].
Nesse sentido, Leon Victor de Queiroz ressalta que essa “terceira via seria capaz de oferecer respostas que a dicotomia direita-esquerda não conseguiu”.
Contudo, com o passar dos anos, a ideologia foi perdendo força no cenário internacional e o conceito foi adquirindo outro significado para a política brasileira.
A história da Terceira Via no Brasil
Veja também nosso vídeo sobre as eleições de 2014!
Em corridas presidenciais na Nova República, o sistema político brasileiro se consolidou – especialmente a partir das eleições de 1994 – numa disputa entre coalizões de centro-esquerda, lideradas pelo Partido dos Trabalhadores (PT), e coalizões de centro-direita, com o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) à frente [3]. Isso ocorreu em todas as eleições, com exceção de 1989 e 2018, que levaram, respectivamente, Fernando Collor e Jair Bolsonaro à presidência da república.
Pelo menos desde 1989, outro fenômeno é observável, com no mínimo um(a) candidato(a) alternativo(a) aos dois grupos mencionados despontando com uma votação relevante no 1º turno (quando houve) – como Leonel Brizola, em 1989 [4], Enéas Carneiro, em 1994 [5], Ciro Gomes, em 1998, 2002 e 2018 [6], Anthony Garotinho, em 2002 [7], Heloísa Helena, em 2006 [8] e Marina Silva, em 2010 e 2014 [9].
Esse contexto consolida duas impressões. A primeira é que, diferentemente do cenário projetado para 2022, “terceiras vias no contexto brasileiro vêm se mostrando bastante conjunturais com políticos de esquerda”. A outra é que “se as 8 eleições passadas indicam algum padrão […], a 3ª via no Brasil é algo ainda a ser construído”, não tendo obtido sucesso eleitoral em “3 décadas de disputas para presidente”.
Veja também o vídeo em nosso canal do Youtube sobre Terceira Via!
Porque surgiu a ideia de uma “terceira via” para as eleições de 2022?
Para as eleições de 2022, projeta-se uma disputa pautada por uma polarização afetiva [10] focada nos candidatos que, até o momento, concentram as intenções de votos em pesquisas – o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luís Inácio ‘Lula’ da Silva (PT). Porém, essas figuras, graças às suas trajetórias políticas e à história política recente do Brasil, acumularam um relevante grau de rejeição junto à população.
Assim, essa parcela da população – de pessoas que buscam uma alternativa ao antagonismo que vem protagonizando o debate político -, aliada a convicções pessoais e projetos partidários, vêm respaldando o surgimento de diferentes projetos que postulam a construção de uma 3ª via capaz de ir ao segundo turno das eleições 2022.
Entraram nessa disputa até agora, como principais pré-candidatos além de Lula e Bolsonaro, Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), Simone Tebet (MDB), Luís Felipe d’Ávila (NOVO), Rodrigo Pacheco (PSD), Alessandro Vieira (Cidadania) e Sergio Moro (PODEMOS).
Consonante a isso, vale destacar que, apesar de os nomes citados agregarem basicamente nomes que vão do centro à direita [11] (com exceção de Ciro Gomes), pode-se dizer que a rejeição a Bolsonaro e Lula é transversal, atingindo os mais diversos setores da sociedade – com grupos de esquerda e de direita se posicionando contra ambos.
Contudo, por que existe uma resistência tão forte em relação a esses dois? O que fizeram para entrar em descrédito com parte da população? Veja a seguir as principais razões que explicam as altas rejeições aos nomes de Bolsonaro e Lula.
Veja também nosso vídeo sobre o MDB e PSDB!
A rejeição a Bolsonaro
Eleito na onda antipolítica que varreu as eleições de 2018, o presidente do Brasil vem perdendo força junto à população com o decorrer dos anos – até por ser um político que investe mais no fomento de bases radicalizadas e disputas “ideológicas” que em um verdadeiro projeto de país.
Dentre os inúmeros fatores que podem levar alguém a rejeitar um candidato a qualquer cargo – como ideologia e projeto de país, por exemplo – destacam-se, no caso de Bolsonaro, dois pontos principais: a condução da pandemia de covid-19 pelo governo federal e a crise econômica.
Condução da pandemia
O primeiro ponto já é amplamente conhecido, com diversos especialistas apontando que a atuação do governo federal acabou contribuindo para o aumento do número de mortos no país. Hoje o país conta mais de 600 mil vítimas da doença, com o número de mortes evitáveis no Brasil variando entre 120 mil e 400 mil pessoas [12].
O governo federal apontou uma contraposição entre saúde e economia, tomando medidas que eram contra o isolamento social e a prevenção da contaminação para não interromper a atividade econômica no país [13]. Essa contraposição, de acordo com o economista Francisco Ferreira, da London School of Economics (LSE), não é verdadeira. De acordo com ele, “os países que perderam mais economicamente foram os mesmos que perderam mais em termos de mortalidade”.
O governo federal demonstrou uma opinião desfavorável ao uso de máscaras, da quarentena, e ao avanço na distribuição de vacinas quando estas se fizeram disponíveis, como aponta especialistas.
Nesse contexto soma-se ainda a contribuição da CPI da Covid, que levantou uma lista de possíveis crimes cometidos pelo governo federal e outros atores do meio político, médico e empresarial.
Leia mais sobre o relatório final da CPI da Covid-19!
Crise econômica
Já a crise econômica também abrange, a esta altura, grande parte da atuação do governo federal – que se aponta que o mesmo tem contribuído largamente para o quadro de estagnação e inflação visto em 2021.
O crescimento está atrelado às condições de investimento no país, que envolvem uma série de fatores que vão de como a tributação é feita até o risco político. O Brasil se destaca negativamente principalmente nesse último fator. Isso ocorre num contexto ainda duramente afetado pela pandemia, que gerou uma crise com “características de queda da oferta e queda da demanda” – devido à paralisação das atividades produtivas no mundo inteiro, especialmente no começo de 2020, quando pouco se sabia sobre a Covid-19.
A inflação, por outro lado, deriva mais de um cenário internacional que de um quadro especificamente brasileiro, com o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) apontando “uma alta de preços provocada por choques de oferta”, com “energia mais cara, alta do dólar, do petróleo e de outras matérias primas […] pressionando a inflação”.
Adiciona-se aqui o componente exclusivamente nacional da escassez hídrica – com o risco de apagão tido se tornado real em algum momento de 2021 -, que encarece a distribuição e o preço da energia no país e a desvalorização histórica do real.
Tal conjuntura acaba tendo um efeito preocupante na vida da população, com o aumento, em especial, do preço dos alimentos. Crescente desde a recessão de 2015-2016, o número de pessoas com fome no Brasil vem aumentando cada vez mais, com as imagens de pessoas revirando lixo atrás de comida se multiplicando pelo país.
Esses e outros fatores podem pesar para que as eleições 2022 sejam para o Presidente Jair Bolsonaro como uma “eleição plebiscitária”, isto é, sobre aprovar ou reprovar seu governo nas urnas, como a tentativa de reeleição geralmente é.
A rejeição a Lula e o antipetismo
Por sua vez, “Lula”, assim como sua contraparte nesse antagonismo eleitoral, é uma figura extremamente controversa na cena política brasileira – angariando tanto “amor” quanto “ódio” em qualquer lugar do Brasil. Ao mesmo tempo, em termos de história brasileira recente, o ex-presidente é uma das figuras mais importantes para se entender a política no país.
Persistente na arena eleitoral, uma vez que caminha para sua sétima eleição presidencial, o ex-presidente aposta no público cativo que conquistou durante seus mandatos – especialmente o 2º (2006-2010), quando a base de apoio petista muda, como mostra André Singer (2012), com a perda de apoio das classes médias (muito devido ao escândalo do mensalão) e a conquista da parcela mais pobre da população, graças ao momento econômico extremamente positivo e às políticas sociais abrangentes que foram então implementadas.
Contudo, não só o político, mas também o seu partido (PT), acumularam muita rejeição e muitos opositores com o passar dos anos, uma vez que, mesmo com políticas meritórias e uma espécie de continuação do social-liberalismo iniciado nos anos 1990 com FHC (1995-2002), os 16 anos de governos petistas acumularam escândalos e inúmeras polêmicas.
Assim como no caso de Bolsonaro, são vários os motivos da rejeição à candidatura petista. Essa rejeição, à Lula e ao PT, passa principalmente por dois fatores: os esquemas de corrupção identificados tanto no governo “Lula” (2003-2010) quanto no governo Dilma (2011-2016) e os problemas econômicos que levaram à recessão de 2015-2016.
Esquemas de corrupção
De forma resumida, o mensalão, apesar de não ser uma prática exclusiva do PT, consistiu “no uso de agências de publicidade para pagar a deputados em troca de apoio no governo Lula 1 [16]”, a partir do qual eram pagas, de forma recorrente, mesadas “de R$30.000 para congressistas apoiarem o governo” – num escândalo de desvio de verbas públicas que quase levou à abertura de um processo de impeachment contra o ex-presidente.
Já o Petrolão, que veio à tona com a Operação Lava Jato [17], constituiu um esquema de corrupção que envolvia a cooptação de dirigentes da Petrobras para a falsificação de licitações em prol de empresas com contratos superfaturados – o que “permitia o desvio do dinheiro dos cofres da estatal para os beneficiários do esquema” (abrangendo os ditos dirigentes, empresários e políticos de diversos partidos). “A companhia estimou em US$ 2.5 bilhões – ou R$ 6,2 bilhões pelo câmbio da época – as perdas com “valores que a Petrobras pagou adicionalmente” por ativos envolvidos no petrolão”.
Ambos os esquemas de corrupção contaram com o envolvimento do partido e, principalmente o segundo, contribuíram para o surgimento de uma crise política que vai “desaguar” na eleição de um candidato abertamente antipolítica em 2018, Jair Bolsonaro, com partidos como PMDB, PSDB e PT saindo extremamente desgastados dessa situação [18].
O envolvimento petista em tais esquemas é ainda mais lembrado devido a atuação do partido, que, até a revelação dos mesmos, era marcada por um discurso que fazia “da moralidade sua principal bandeira”.
Problemas econômicos
Por outro lado, a crise econômica que gerou a recessão de 2015-2016 – a pior até aquele momento, desde a década de 1930 – foi fruto de uma conjunção de fatores que vão da instabilidade política, que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma em 2016, ao cenário internacional, que ainda estava impactado pela crise de 2008 e marcava o “fim do ciclo das commodities”, – passando pela “deterioração das contas públicas”, pela “deflagração da Operação Lava Jato”, entre outros.
Como o PT comandava o Executivo Federal à época, os erros na condução da crise e a participação efetiva em alguns pontos chave para o desencadeamento da situação ficaram marcados na imagem do partido.
Os efeitos da recessão foram profundos, com queda de 7,2% no Produto Interno Bruto (PIB) [19], e de 9,1% no PIB per capita, com o primeiro encerrando “2016 no mesmo nível do terceiro trimestre de 2010”. A partir de 2017, a economia brasileira já começava a se recuperar, ainda que “registrando expansão anual a ritmos baixos”, voltando a um cenário de crescimento pré-recessão – o que durou até 2020, com o impacto da pandemia de Covid-19 induzindo nova retração do quadro econômico.
Também podem ser mencionadas a falta de autocrítica – haja vista que até hoje, mesmo em meio a inúmeras provas e condenações, o partido insiste em negar a corrupção praticada durante anos -, usando “fatos alternativos” para explicar o que aconteceu na última década; em momentos que promovem a polarização – como quando propagam um discurso de “nós contra eles” [20]; o aparelhamento do Estado [21]; o fato de o PT, junto do PSDB, terem sido ‘peças chave’ para a derrocada da democracia brasileira [22], entre outros fatores que podem influenciar a sua popularidade como um candidato à disputa presidencial.
Quem é contra a ideia de uma Terceira Via?
Os críticos à eventual construção de uma terceira via eleitoral são, em boa parte (mas não exclusivamente), os apoiadores das candidaturas que lideram as pesquisas até o momento.
Isso porque ambos reconhecem que atraem grandes faixas do eleitorado por representarem com mais força os discursos antipetista e antibolsonarista – sendo que, num possível segundo turno onde Lula ou Bolsonaro não enfrentem um ao outro, as chances de um candidato da terceira via são relevantes.
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Por haver muitos candidatos postulantes a tal posição, é difícil elencar fatores específicos mencionados por seus opositores. Contudo, para além das críticas relacionadas aos posicionamentos de cada um dos pré-candidatos nas eleições de 2018 – onde muitos candidatos que buscam se tornar a ‘terceira via’ apoiaram ou votaram no atual presidente [23] -, tem de ser mencionada a dificuldade que os partidos destes têm tido em seus respectivos planejamentos para eleições de 2022.
Isso porque, mesmo partidos declaradamente de oposição, como PSDB e PDT, têm se confrontado, na Câmara dos Deputados, com o fato de que suas bancadas federais votam de forma governista – como ficou claro nas questões do “voto impresso” e da “PEC dos Precatórios”, amplamente repercutidas – o que é um empecilho para a construção de uma candidatura sólida tanto interna quanto externamente.
Com esse tipo de divisão e contradição, mesmo previsões que “detectam uma corrente profunda no eleitorado incapaz de associar a palavra “esperança” a Bolsonaro ou Lula” teriam dificuldade de se concretizar.
Pode-se dizer também que outras dificuldades para o estabelecimento de candidaturas que vão nessa linha se dão pelo relativo desconhecimento de muitos deles a nível nacional (com exceção, talvez, de Ciro Gomes, João Dória e Sergio Moro, que, por outro lado, acumulam suas próprias taxas de rejeição) e o grande número de candidaturas – que levam à pulverização dos votos e, a uma possível derrota de todas no primeiro turno.
E aí, entendeu os principais pontos sobre “Terceira Via”? Deixe sua opinião ou dúvida nos comentários!
Referências:
- Alberto Bombig e Matheus Lara (O Estado de São Paulo): Com governo sem rumo, terceira via se transforma em pesadelo de Bolsonaro
- Ana Carla Bermúdez, Andréia Martins, Carolina Alberti e Wanderley Preite Sobrinho (UOL): Doria se diz ‘amargamente arrependido’ pelo ‘bolsodoria’ nas eleições 2018
- Ana Lícia Soares e Anna Satie (CNN): Brasil poderia ter evitado 120 mil mortes com medidas preventivas, aponta estudo
- Ana Krüger, Larissa Calixto e Marília Sena (Congresso em Foco/UOL): Com apoio de PT a Bolsonaro, Rodrigo Pacheco é eleito presidente do Senado
- Anay Cury e Daniel Silveira (G1): PIB recua 3,6% em 2016, e Brasil tem pior recessão da história
- André Ítalo Rocha, Daniela Amorim, Fernanda Nunes, Fernando Nakagawa, Lorenna Rodrigues, Mariana Sallowicz, Vinícius Neder (O Estado de São Paulo): Com dois anos de recessão, PIB brasileiro encolhe 7,2%
- André Singer: Os sentidos do Lulismo: reforma gradual e pacto conservador (Introdução, 2012)
- Anne Mellbye (The Guardian): A brief history of the third way
- Augusto Fernandes e Ingrid Soares (Correio Braziliense): Lula e Bolsonaro desdenham de terceira via para eleições de 2022
- BBC News Brasil: 5 perguntas ainda não respondidas por Bolsonaro sobre contrato de compra de vacina
- Betsy Reed, Glenn Greenwald e Leandro Demori (The Intercept Brasil): Como e por que o Intercept está publicando chats privados sobre a Lava Jato e Sergio Moro
- Breno Pires (O Estado de São Paulo): Orçamento secreto bilionário de Bolsonaro banca trator superfaturado em troca de apoio no Congresso
- Bruno André Blume e Monalisa Ceolin (Politize!): Operação Lava Jato: o que é?
- Bruno Boghossian (Folha de São Paulo): Lula e Bolsonaro já miram eleitor cobiçado pela terceira via
- Carlos Alberto Sardenberg (O Globo): Rouba mas faz, de novo?
- Carlos Pereira: A vitrine da ‘terceira via’
- Carlos Ranulfo Melo e Rafael Câmara: Estrutura da competição pela presidência e consolidação do sistema partidário no Brasil (2012)
- CNN: “Popularidade de Bolsonaro não aumentou em mil dias”, diz cientista político
- Congresso em Foco: Treze frases de Bolsonaro de Natureza Sexual e Machista
- Daniel Carvalho (Folha de São Paulo): Bolsonaro reconhece vitória de Biden mais de um mês após as eleição nos EUA
- Daniel Silveira (G1): Fome no Brasil: Em 5 anos, cresce em 3 milhões o nº de pessoas em situação de insegurança alimentar grave, diz IBGE
- Denis Lerrer Rosenfield (O Estado de São Paulo): Ambiguidades Petistas
- Deutsche Welle Brasil: Jornalistas são agredidos em Roma por seguranças de Bolsonaro
- Deutsche Welle Brasil: Bolsonaro comemora suspensão de testes da Coronavac
- Eduardo Bresciani, Felipe Recondo e João Domingos (O Estado de São Paulo): Azeredo renuncia para adiar sentença do mensalão mineiro e preservar Aécio
- Eliane Cantanhêde (O Estado de São Paulo): O PT uniu o ‘nós’, Bolsonaro rachou o ‘eles’: centro, direita, classe média e o capital
- Eliane Cantanhêde (O Estado de São Paulo): PEC dos precatórios rachou a esquerda e mostrou a dubiedade e fragmentação do centro para 2022
- Exame: Bolsonaro prioriza base ideológica e acirra atrito com Poderes
- Fábio Zanini (Folha de São Paulo): Erro da oposição com Lula no mensalão estimula pressão por impeachment de Bolsonaro
- Folha de São Paulo: Datafolha: 54% dizem que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum em 2022
- Folha de São Paulo: PT celebra vitória de ditador Ortega em eleição de fachada na Nicarágua
- G1: Bolsonaro ‘está ameaçando os pilares da democracia brasileira’, afirma Human Rights Watch
- G1: Real é a quarta moeda que mais perdeu valor em outubro
- Guga Chacra (O Globo): Bolsonaro é uma figura tóxica no Ocidente
- Gustavo Uribe e Fábio Pupo (Folha de São Paulo): Governo anuncia que auxílio emergencial passará a ser de R$ 300 até dezembro
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- Italo Nogueira (Folha de São Paulo): Conheça os indícios da atuação de Jair Bolsonaro no caso das rachadinhas
- José Matheus Santos (Folha de São Paulo): Pessoas procuram comida em caminhão de lixo em Fortaleza
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- Laís Alegretti (BBC News Brasil): Discutir conflito entre ‘saúde e economia’ não faz sentido para governos, analisa economista
- Larissa Calixto (Congresso em Foco/UOL): Dez fatos que ligam a família Bolsonaro a milicianos
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- Nelson de Sá (Folha de São Paulo): Erros de Bolsonaro vão muito além da pandemia, critica FT [Financial Times] em editorial
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- O Globo: PT confirma aparelhar em nome do ‘projeto’
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- Paulo Adamo Idoeta (BBC News Brasil): A história de Bolsonaro com a hidroxicloroquina em 6 pontos: de tuítes de Trump à CPI da Covid
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- Politize!: Existe uma terceira via no Brasil?
- Ranier Bragon (Folha de São Paulo): PT mistura fatos com distorções para tentar se desvincular de petrolão e mensalão
- Rayane Rocha (CNN): Fome avança e atinge 19,1 milhões de brasileiros
- Ricardo Grinbaum (Folha de São Paulo): Disseminação do “rótulo” Terceira Via irrita seu ideólogo
- Roberto Macedo (O Estado de São Paulo): Com 11 nomes, terceira via tem candidatos demais
- Samuel Pessôa (Blog do Ibre): Pandemia e Crise econômica: primeiro ano
- Talita de Souza (Correio Braziliense): Lista de e-mails da Pfizer ignorados pelo governo aumenta: são 101 tentativas
- Thomas Traumann (Veja): O estelionato eleitoral de Bolsonaro
- UOL: Brasil poderia ter impedido 400 mil mortes por Covid, diz epidemiologista
- UOL: Ciro diz não se arrepender de viagem no 2º turno e descarta aliança com o PT
- Vera Magalhães (O Globo): Rosa Weber pode frear poder de Lira
- Vera Rosa (O Estado de São Paulo): Decisão de Ciro provoca crise e autoflagelo no PDT
- Willian Waack (O Estado de São Paulo): A demanda pela centro-direita
[1] Both said they rejected the neo-liberal belief that everything can be left to the market, but also saw the traditional left-of-centre faith in state intervention in the economy as outdated. Tradução própria.
[2] Para entender um pouco mais sobre esse movimento, segue vídeo produzido pelo Politize sobre o tema: https://www.youtube.com/watch?v=ibwAHWJDPa0.
[3] CÂMARA e MELO, 2012.
[4] 16,51% dos votos.
[5] 7,38% dos votos.
[6] 10,996%, 11,972% e 12,47% dos votos, respectivamente.
[7] 17,869% dos votos.
[8] Com uma porcentagem menor, de 6,850% dos votos.
[9] Com 19,33% e 21,32% dos votos em 2010 e 2014.
[10] Fuks e Marques, 2020.
[11] Uma diferença em relação a outras eleições.
[12] De acordo com Jurema Werneck e Pedro Hallal, respectivamente. Os números variam porque levantamentos foram feitos em diferentes momentos.
[13] Chegou-se a lançar uma campanha denominada “O Brasil não pode parar”, para incentivar as pessoas a sair de casa: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/governo-lanca-campanha-brasil-nao-pode-parar-contra-medidas-de-isolamento/
[14] Composto por “drogas ineficazes, temas de propaganda oficial”.
[15] Com um dos envolvidos apontando o valor de U$ 1 por dose de vacina, sendo, no contrato em questão (com um intermediário da empresa Bharat Biontech, da vacina Covaxin), 20 milhões de doses.
[16] 2003-2006.
[17] Hoje contestada, com as revelações de reportagens do Intercept Brasil de que houve conduta imprópria na condução das investigações – questões de ordem técnico-jurídicas e não de mérito.
[18] Curiosamente, de acordo com alguns analistas, PMDB e PSDB foram os verdadeiros “perdedores” desse processo – mesmo sendo o PT o principal partido envolvido, uma vez que se encontrava no controle do Executivo Federal e, portanto, com mais poder em suas mãos.
[19] “O PIB é o resultado da soma de todos os novos bens e serviços produzidos em um país em certo período de tempo. Por ser um indicador de quanto e como a economia produziu em um intervalo de tempo, ele aponta se a atividade econômica expandiu, encolheu ou se manteve igual na comparação com outros momentos”, de acordo com Marcelo Roubicek em artigo publicado no Jornal Nexo, em março de 2021.
[20] Também usado por bolsonaristas.
[21] Também feito por bolsonaristas, como se pode observar claramente em episódios na secretária de cultura do atual governo.
[22] Com o primeiro afirmando que o impeachment de Dilma Rousseff em 2016 foi um “golpe” e o segundo questionando os resultados das eleições de 2014, por exemplo.
[23] Por exemplo, João Doria – que, com o passar do tempo, se tornou um dos maiores algozes do atual governo federal – fez campanha junto de Bolsonaro. Eduardo Leite, mesmo com críticas, declarou voto no atual presidente. Ciro Gomes se ausentou do segundo turno das eleições naquele ano. Luiz Henrique Mandetta e Sergio Moro se tornaram ministros em 2019 e Rodrigo Pacheco foi eleito para a presidência do Senado com a anuência do Palácio da Alvorada.
1 comentário em “Terceira Via: significado, história e eleições 2022”
Excelente trabalho! Texto super elaborado e construtivo.