Terceira Via: significado, história e eleições 2022

Publicado em:
Compartilhe este conteúdo!
Imagem ilustrativa Terceira Via. Imagem: Pxhere.com
Imagem: Pxhere.com

Entenda o que é Terceira Via e o que está em jogo nas eleições 2022!

O Brasil vive um momento único em sua história, atravessando, possivelmente, sua maior crise, que reúne aspectos socioeconômicos, políticos e, claro, sanitários.

Esse cenário, somado aos problemas estruturais do país e às rápidas mudanças que vêm acontecendo no cenário internacional – haja vista à guinada da geopolítica mundial em direção ao Oriente, as revoluções tecnológicas e o combate ao aquecimento global – colocam as eleições de 2022 entre as mais importantes da história da nação, que precisará buscar uma forma de se posicionar nesse “novo mundo”.

Nesse sentido, considerando que o debate eleitoral se faz cada vez mais presente, começa-se a apurar as preferências do eleitorado – sendo notória a existência de uma parcela da população que rejeita tanto o Presidente Jair Bolsonaro quanto o ex-presidente Luís Inácio “Lula” da Silva, líderes das primeiras pesquisas de intenção de voto. Isso despertou a busca por uma alternativa que atenda aos interesses desses eleitores, surgindo então o discurso a favor de uma “terceira via”.

Mas o que significa esse termo? Por que ele é importante para as eleições de 2022? O que defendem seus apoiadores e críticos?

Nas próximas linhas, será explicado um pouco mais sobre esse conceito que está bastante ligado à história política brasileira recente, que promete ser importante para compreender as eleições gerais de 2022.

Conheça o novo podcast da Politize!

O que significa a expressão “Terceira Via”?

A expressão “Terceira Via” não é original do Brasil. Ela foi criada como uma “proposta de renovação política e econômica alternativa ao socialismo e ao liberalismo”, tendo como um de seus criadores o sociólogo Anthony Giddens, ligado ao partido trabalhista britânico.

A teoria formulada atingiu um nível de sucesso considerável, uma vez que foi indicada, à época, como linha política de figuras importantes, como Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil, Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos da América (EUA) e Tony Blair, ex-primeiro-ministro da Grã-Bretanha.

Os dois últimos foram explícitos nesse sentido, quando em conferência em Nova York para lançar a ideologia, “rejeitaram a crença neoliberal de que tudo pode ser deixado para o mercado, mas também viam a tradicional fé na intervenção estatal na economia por parte da esquerda como datada”[1][2].

Nesse sentido, Leon Victor de Queiroz ressalta que essa “terceira via seria capaz de oferecer respostas que a dicotomia direita-esquerda não conseguiu”.

Contudo, com o passar dos anos, a ideologia foi perdendo força no cenário internacional e o conceito foi adquirindo outro significado para a política brasileira.

A história da Terceira Via no Brasil

Veja também nosso vídeo sobre as eleições de 2014!

Em corridas presidenciais na Nova República, o sistema político brasileiro se consolidou – especialmente a partir das eleições de 1994 – numa disputa entre coalizões de centro-esquerda, lideradas pelo Partido dos Trabalhadores (PT), e coalizões de centro-direita, com o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) à frente [3]. Isso ocorreu em todas as eleições, com exceção de 1989 e 2018, que levaram, respectivamente, Fernando Collor e Jair Bolsonaro à presidência da república.

Pelo menos desde 1989, outro fenômeno é observável, com no mínimo um(a) candidato(a) alternativo(a) aos dois grupos mencionados despontando com uma votação relevante no 1º turno (quando houve) – como Leonel Brizola, em 1989 [4], Enéas Carneiro, em 1994 [5], Ciro Gomes, em 1998, 2002 e 2018 [6], Anthony Garotinho, em 2002 [7], Heloísa Helena, em 2006 [8] e Marina Silva, em 2010 e 2014 [9].

Esse contexto consolida duas impressões. A primeira é que, diferentemente do cenário projetado para 2022, “terceiras vias no contexto brasileiro vêm se mostrando bastante conjunturais com políticos de esquerda”. A outra é que “se as 8 eleições passadas indicam algum padrão […], a 3ª via no Brasil é algo ainda a ser construído”, não tendo obtido sucesso eleitoral em “3 décadas de disputas para presidente”.

Veja também o vídeo em nosso canal do Youtube sobre Terceira Via!

Porque surgiu a ideia de uma “terceira via” para as eleições de 2022?

Para as eleições de 2022, projeta-se uma disputa pautada por uma polarização afetiva [10] focada nos candidatos que, até o momento, concentram as intenções de votos em pesquisas – o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luís Inácio ‘Lula’ da Silva (PT). Porém, essas figuras, graças às suas trajetórias políticas e à história política recente do Brasil, acumularam um relevante grau de rejeição junto à população.

Assim, essa parcela da população – de pessoas que buscam uma alternativa ao antagonismo que vem protagonizando o debate político -, aliada a convicções pessoais e projetos partidários, vêm respaldando o surgimento de diferentes projetos que postulam a construção de uma 3ª via capaz de ir ao segundo turno das eleições 2022.

Entraram nessa disputa até agora, como principais pré-candidatos além de Lula e Bolsonaro, Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), Simone Tebet (MDB), Luís Felipe d’Ávila (NOVO), Rodrigo Pacheco (PSD), Alessandro Vieira (Cidadania) e Sergio Moro (PODEMOS).

Consonante a isso, vale destacar que, apesar de os nomes citados agregarem basicamente nomes que vão do centro à direita [11] (com exceção de Ciro Gomes), pode-se dizer que a rejeição a Bolsonaro e Lula é transversal, atingindo os mais diversos setores da sociedade – com grupos de esquerda e de direita se posicionando contra ambos.

Contudo, por que existe uma resistência tão forte em relação a esses dois? O que fizeram para entrar em descrédito com parte da população? Veja a seguir as principais razões que explicam as altas rejeições aos nomes de Bolsonaro e Lula.

Veja também nosso vídeo sobre o MDB e PSDB!

A rejeição a Bolsonaro

Eleito na onda antipolítica que varreu as eleições de 2018, o presidente do Brasil vem perdendo força junto à população com o decorrer dos anos – até por ser um político que investe mais no fomento de bases radicalizadas e disputas “ideológicas” que em um verdadeiro projeto de país.

Dentre os inúmeros fatores que podem levar alguém a rejeitar um candidato a qualquer cargo – como ideologia e projeto de país, por exemplo – destacam-se, no caso de Bolsonaro, dois pontos principais: a condução da pandemia de covid-19 pelo governo federal e a crise econômica.

Condução da pandemia

O primeiro ponto já é amplamente conhecido, com diversos especialistas apontando que a atuação do governo federal acabou contribuindo para o aumento do número de mortos no país. Hoje o país conta mais de 600 mil vítimas da doença, com o número de mortes evitáveis no Brasil variando entre 120 mil e 400 mil pessoas [12].

O governo federal apontou uma contraposição entre saúde e economia, tomando medidas que eram contra o isolamento social e a prevenção da contaminação para não interromper a atividade econômica no país [13]. Essa contraposição, de acordo com o economista Francisco Ferreira, da London School of Economics (LSE), não é verdadeira. De acordo com ele, “os países que perderam mais economicamente foram os mesmos que perderam mais em termos de mortalidade”.

O governo federal demonstrou uma opinião desfavorável ao uso de máscaras, da quarentena, e ao avanço na distribuição de vacinas quando estas se fizeram disponíveis, como aponta especialistas.

Nesse contexto soma-se ainda a contribuição da CPI da Covid, que levantou uma lista de possíveis crimes cometidos pelo governo federal e outros atores do meio político, médico e empresarial.

Leia mais sobre o relatório final da CPI da Covid-19!

Crise econômica

Já a crise econômica também abrange, a esta altura, grande parte da atuação do governo federal – que se aponta que o mesmo tem contribuído largamente para o quadro de estagnação e inflação visto em 2021.

O crescimento está atrelado às condições de investimento no país, que envolvem uma série de fatores que vão de como a tributação é feita até o risco político. O Brasil se destaca negativamente principalmente nesse último fator. Isso ocorre num contexto ainda duramente afetado pela pandemia, que gerou uma crise com “características de queda da oferta e queda da demanda” – devido à paralisação das atividades produtivas no mundo inteiro, especialmente no começo de 2020, quando pouco se sabia sobre a Covid-19.

A inflação, por outro lado, deriva mais de um cenário internacional que de um quadro especificamente brasileiro, com o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) apontando “uma alta de preços provocada por choques de oferta”, com “energia mais cara, alta do dólar, do petróleo e de outras matérias primas […] pressionando a inflação”.

Adiciona-se aqui o componente exclusivamente nacional da escassez hídrica – com o risco de apagão tido se tornado real em algum momento de 2021 -, que encarece a distribuição e o preço da energia no país e a desvalorização histórica do real.

Tal conjuntura acaba tendo um efeito preocupante na vida da população, com o aumento, em especial, do preço dos alimentos. Crescente desde a recessão de 2015-2016, o número de pessoas com fome no Brasil vem aumentando cada vez mais, com as imagens de pessoas revirando lixo atrás de comida se multiplicando pelo país.

Esses e outros fatores podem pesar para que as eleições 2022 sejam para o Presidente Jair Bolsonaro como uma “eleição plebiscitária”, isto é, sobre aprovar ou reprovar seu governo nas urnas, como a tentativa de reeleição geralmente é.

A rejeição a Lula e o antipetismo

Por sua vez, “Lula”, assim como sua contraparte nesse antagonismo eleitoral, é uma figura extremamente controversa na cena política brasileira – angariando tanto “amor” quanto “ódio” em qualquer lugar do Brasil. Ao mesmo tempo, em termos de história brasileira recente, o ex-presidente é uma das figuras mais importantes para se entender a política no país.

Persistente na arena eleitoral, uma vez que caminha para sua sétima eleição presidencial, o ex-presidente aposta no público cativo que conquistou durante seus mandatos – especialmente o 2º (2006-2010), quando a base de apoio petista muda, como mostra André Singer (2012), com a perda de apoio das classes médias (muito devido ao escândalo do mensalão) e a conquista da parcela mais pobre da população, graças ao momento econômico extremamente positivo e às políticas sociais abrangentes que foram então implementadas.

Contudo, não só o político, mas também o seu partido (PT), acumularam muita rejeição e muitos opositores com o passar dos anos, uma vez que, mesmo com políticas meritórias e uma espécie de continuação do social-liberalismo iniciado nos anos 1990 com FHC (1995-2002), os 16 anos de governos petistas acumularam escândalos e inúmeras polêmicas.

Assim como no caso de Bolsonaro, são vários os motivos da rejeição à candidatura petista. Essa rejeição, à Lula e ao PT, passa principalmente por dois fatores: os esquemas de corrupção identificados tanto no governo “Lula” (2003-2010) quanto no governo Dilma (2011-2016) e os problemas econômicos que levaram à recessão de 2015-2016.

Esquemas de corrupção

De forma resumida, o mensalão, apesar de não ser uma prática exclusiva do PT, consistiu “no uso de agências de publicidade para pagar a deputados em troca de apoio no governo Lula 1 [16]”, a partir do qual eram pagas, de forma recorrente, mesadas “de R$30.000 para congressistas apoiarem o governo” – num escândalo de desvio de verbas públicas que quase levou à abertura de um processo de impeachment contra o ex-presidente.

Já o Petrolão, que veio à tona com a Operação Lava Jato [17], constituiu um esquema de corrupção que envolvia a cooptação de dirigentes da Petrobras para a falsificação de licitações em prol de empresas com contratos superfaturados – o que “permitia o desvio do dinheiro dos cofres da estatal para os beneficiários do esquema” (abrangendo os ditos dirigentes, empresários e políticos de diversos partidos). “A companhia estimou em US$ 2.5 bilhões – ou R$ 6,2 bilhões pelo câmbio da época – as perdas com “valores que a Petrobras pagou adicionalmente” por ativos envolvidos no petrolão”.

Ambos os esquemas de corrupção contaram com o envolvimento do partido e, principalmente o segundo, contribuíram para o surgimento de uma crise política que vai “desaguar” na eleição de um candidato abertamente antipolítica em 2018, Jair Bolsonaro, com partidos como PMDB, PSDB e PT saindo extremamente desgastados dessa situação [18].

O envolvimento petista em tais esquemas é ainda mais lembrado devido a atuação do partido, que, até a revelação dos mesmos, era marcada por um discurso que fazia “da moralidade sua principal bandeira”.

Problemas econômicos

Por outro lado, a crise econômica que gerou a recessão de 2015-2016 – a pior até aquele momento, desde a década de 1930 – foi fruto de uma conjunção de fatores que vão da instabilidade política, que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma em 2016, ao cenário internacional, que ainda estava impactado pela crise de 2008 e marcava o “fim do ciclo das commodities”, – passando pela “deterioração das contas públicas”, pela “deflagração da Operação Lava Jato”, entre outros.

Como o PT comandava o Executivo Federal à época, os erros na condução da crise e a participação efetiva em alguns pontos chave para o desencadeamento da situação ficaram marcados na imagem do partido.

Os efeitos da recessão foram profundos, com queda de 7,2% no Produto Interno Bruto (PIB) [19], e de 9,1% no PIB per capita, com o primeiro encerrando “2016 no mesmo nível do terceiro trimestre de 2010”. A partir de 2017, a economia brasileira já começava a se recuperar, ainda que “registrando expansão anual a ritmos baixos”, voltando a um cenário de crescimento pré-recessão – o que durou até 2020, com o impacto da pandemia de Covid-19 induzindo nova retração do quadro econômico.

Também podem ser mencionadas a falta de autocrítica – haja vista que até hoje, mesmo em meio a inúmeras provas e condenações, o partido insiste em negar a corrupção praticada durante anos -, usando “fatos alternativos” para explicar o que aconteceu na última década; em momentos que promovem a polarização – como quando propagam um discurso de “nós contra eles” [20]; o aparelhamento do Estado [21]; o fato de o PT, junto do PSDB, terem sido ‘peças chave’ para a derrocada da democracia brasileira [22], entre outros fatores que podem influenciar a sua popularidade como um candidato à disputa presidencial.

Quem é contra a ideia de uma Terceira Via?

Os críticos à eventual construção de uma terceira via eleitoral são, em boa parte (mas não exclusivamente), os apoiadores das candidaturas que lideram as pesquisas até o momento.

Isso porque ambos reconhecem que atraem grandes faixas do eleitorado por representarem com mais força os discursos antipetista e antibolsonarista – sendo que, num possível segundo turno onde Lula ou Bolsonaro não enfrentem um ao outro, as chances de um candidato da terceira via são relevantes.

Leia também sobre Frente Ampla!

Por haver muitos candidatos postulantes a tal posição, é difícil elencar fatores específicos mencionados por seus opositores. Contudo, para além das críticas relacionadas aos posicionamentos de cada um dos pré-candidatos nas eleições de 2018 – onde muitos candidatos que buscam se tornar a ‘terceira via’ apoiaram ou votaram no atual presidente [23] -, tem de ser mencionada a dificuldade que os partidos destes têm tido em seus respectivos planejamentos para eleições de 2022.

Isso porque, mesmo partidos declaradamente de oposição, como PSDB e PDT, têm se confrontado, na Câmara dos Deputados, com o fato de que suas bancadas federais votam de forma governista – como ficou claro nas questões do “voto impresso” e da “PEC dos Precatórios”, amplamente repercutidas – o que é um empecilho para a construção de uma candidatura sólida tanto interna quanto externamente.

Com esse tipo de divisão e contradição, mesmo previsões que “detectam uma corrente profunda no eleitorado incapaz de associar a palavra “esperança” a Bolsonaro ou Lula” teriam dificuldade de se concretizar.

Pode-se dizer também que outras dificuldades para o estabelecimento de candidaturas que vão nessa linha se dão pelo relativo desconhecimento de muitos deles a nível nacional (com exceção, talvez, de Ciro Gomes, João Dória e Sergio Moro, que, por outro lado, acumulam suas próprias taxas de rejeição) e o grande número de candidaturas – que levam à pulverização dos votos e, a uma possível derrota de todas no primeiro turno.

E aí, entendeu os principais pontos sobre “Terceira Via”? Deixe sua opinião ou dúvida nos comentários!

Referências:

[1] Both said they rejected the neo-liberal belief that everything can be left to the market, but also saw the traditional left-of-centre faith in state intervention in the economy as outdated. Tradução própria.

[2] Para entender um pouco mais sobre esse movimento, segue vídeo produzido pelo Politize sobre o tema: https://www.youtube.com/watch?v=ibwAHWJDPa0.

[3] CÂMARA e MELO, 2012.

[4] 16,51% dos votos.

[5] 7,38% dos votos.

[6] 10,996%, 11,972% e 12,47% dos votos, respectivamente.

[7] 17,869% dos votos.

[8] Com uma porcentagem menor, de 6,850% dos votos.

[9] Com 19,33% e 21,32% dos votos em 2010 e 2014.

[10] Fuks e Marques, 2020.

[11] Uma diferença em relação a outras eleições.

[12] De acordo com Jurema Werneck e Pedro Hallal, respectivamente. Os números variam porque levantamentos foram feitos em diferentes momentos.

[13] Chegou-se a lançar uma campanha denominada “O Brasil não pode parar”, para incentivar as pessoas a sair de casa: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/governo-lanca-campanha-brasil-nao-pode-parar-contra-medidas-de-isolamento/

[14] Composto por “drogas ineficazes, temas de propaganda oficial”.

[15] Com um dos envolvidos apontando o valor de U$ 1 por dose de vacina, sendo, no contrato em questão (com um intermediário da empresa Bharat Biontech, da vacina Covaxin), 20 milhões de doses.

[16] 2003-2006.

[17] Hoje contestada, com as revelações de reportagens do Intercept Brasil de que houve conduta imprópria na condução das investigações – questões de ordem técnico-jurídicas e não de mérito.

[18] Curiosamente, de acordo com alguns analistas, PMDB e PSDB foram os verdadeiros “perdedores” desse processo – mesmo sendo o PT o principal partido envolvido, uma vez que se encontrava no controle do Executivo Federal e, portanto, com mais poder em suas mãos.

[19] “O PIB é o resultado da soma de todos os novos bens e serviços produzidos em um país em certo período de tempo. Por ser um indicador de quanto e como a economia produziu em um intervalo de tempo, ele aponta se a atividade econômica expandiu, encolheu ou se manteve igual na comparação com outros momentos”, de acordo com Marcelo Roubicek em artigo publicado no Jornal Nexo, em março de 2021.

[20] Também usado por bolsonaristas.

[21] Também feito por bolsonaristas, como se pode observar claramente em episódios na secretária de cultura do atual governo.

[22] Com o primeiro afirmando que o impeachment de Dilma Rousseff em 2016 foi um “golpe” e o segundo questionando os resultados das eleições de 2014, por exemplo.

[23] Por exemplo, João Doria – que, com o passar do tempo, se tornou um dos maiores algozes do atual governo federal – fez campanha junto de Bolsonaro. Eduardo Leite, mesmo com críticas, declarou voto no atual presidente. Ciro Gomes se ausentou do segundo turno das eleições naquele ano. Luiz Henrique Mandetta e Sergio Moro se tornaram ministros em 2019 e Rodrigo Pacheco foi eleito para a presidência do Senado com a anuência do Palácio da Alvorada.

WhatsApp Icon

1 comentário em “Terceira Via: significado, história e eleições 2022”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe este conteúdo!

ASSINE NOSSO BOLETIM SEMANAL

Seus dados estão protegidos de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)

FORTALEÇA A DEMOCRACIA E FIQUE POR DENTRO DE TODOS OS ASSUNTOS SOBRE POLÍTICA!

Conteúdo escrito por:
Estudante de Ciência Política na Universidade de Brasília (UnB) e redator voluntário. Entusiasta do estudo de História, Economia e Filosofia, acredita no poder transformador que tanto a educação quanto a política podem exercer numa sociedade!
Guedes, Pedro. Terceira Via: significado, história e eleições 2022. Politize!, 31 de janeiro, 2022
Disponível em: https://www.politize.com.br/terceira-via/.
Acesso em: 21 de nov, 2024.

A Politize! precisa de você. Sua doação será convertida em ações de impacto social positivo para fortalecer a nossa democracia. Seja parte da solução!

Pular para o conteúdo