O preço dos remédios no Brasil passou por um novo reajuste a partir de 31 de março de 2025. A mudança, definida pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), estabelece limites máximos para o aumento dos valores praticados por farmácias, drogarias e distribuidoras em todo o país.
Embora o reajuste não seja automático, ele serve como referência para o setor e pode influenciar o bolso dos consumidores.
Neste conteúdo, explicamos o que muda com a nova resolução, como são definidos os tetos de reajuste e por que esses aumentos acontecem.
Acompanhe!
O que vai mudar no preço dos remédios?
A partir de 31 de março de 2025, entrou em vigor um novo reajuste no preço dos remédios no Brasil. A medida foi publicada no Diário Oficial da União por meio da Resolução CM-CMED 1/2025, da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que define os tetos máximos para o aumento dos preços praticados em farmácias e drogarias.
O reajuste permitido varia conforme o grau de concorrência de mercado:
- Nível 1: até 5,06% — medicamentos com alta concorrência;
- Nível 2: até 3,83% — medicamentos com média concorrência;
- Nível 3: até 2,60% — medicamentos com baixa ou nenhuma concorrência.
Todo ano, a CMED define os níveis máximos de reajuste no preço dos remédios com base em fatores como:
- Inflação dos últimos 12 meses, medido pelo IPCA;
- Produtividade do setor;
- Câmbio;
- Tarifas de energia;
- Concorrência.
Portanto, farmácias, drogarias, laboratórios, distribuidores e importadores não podem determinar preços acima do permitido pela CMED.
Importante destacar que esse reajuste não é automático, mas sim um limite máximo. Farmácias, laboratórios e distribuidores podem ajustar os preços respeitando o teto, conforme suas estratégias comerciais.
A CMED é composta pela Casa Civil; pelos Ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública, da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; além da Anvisa, que atua como secretaria executiva.

Quais remédios ficarão mais caros?
A atualização dos preços afeta cerca de 10 mil medicamentos registrados no mercado brasileiro. A lista completa dos preços máximos pode ser consultada no site da Anvisa.
Medicamentos isentos de prescrição médica (MIPs), como analgésicos, antigripais e antiácidos, não estão sujeitos ao controle de preços e seguem preços livres. Exemplos de MIPs incluem:
- Analgésicos e antitérmicos;
- Antigripais;
- Descongestionantes nasais;
- Antialérgicos;
- Antiácidos;
- Produtos dermatológicos;
- Produtos para dores articulares e musculares.
Farmácias e drogarias devem manter listas atualizadas com os preços disponíveis ao público e órgãos de defesa do consumidor.
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Por que os remédios vão aumentar?
O reajuste autorizado pela CMED é realizado anualmente e considera a inflação acumulada nos últimos 12 meses. Em 2025, a instituição considera o IPCA entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025, que ficou em 4,5%. Outros fatores também influenciam, como custos de produção, câmbio e energia elétrica.
Segundo o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), o aumento médio real esperado para 2025 é de 3,48%, o menor reajuste médio dos últimos sete anos.
O setor farmacêutico só tem permissão para reajustar os preços de seus produtos, buscando compensar o aumento no custo de produção do último ano.
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E aí, entendeu por que o preço dos remédios vai aumentar? Deixei suas dúvidas e opiniões nos comentários!
Referências
- Agência Brasil – Teto para reajuste de medicamentos é publicado; entenda
- G1 – Preço máximo de medicamentos sobe nesta segunda; veja o que muda
- Gov.BR – Reajuste médio no preço dos medicamentos em 2025 será o menor dos últimos oito anos
- VivaBem – Remédios podem ficar 5,06% mais caros a partir de hoje; saiba economizar