Fim da escala 6×1: entenda a proposta da deputada Erika Hilton

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O debate sobre o fim da escala 6×1 ganhou força no Brasil em 2024. 

O Brasil foi o segundo país com mais casos de burnout (doença ocupacional decorrente do esgotamento físico, emocional e mental), segundo a pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR), realizada em 2021. Ainda de acordo com a organização, cerca de 30% dos trabalhadores no Brasil sofrem com a síndrome.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o trabalho em excesso pode levar a doenças graves e até à morte. 

Por isso, movimentos e políticos têm se organizado dentro e fora das redes sociais para reduzir a jornada de trabalho vigente.

Acompanhe este texto para saber o que a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) propõe para o Congresso Nacional acerca do fim da escala 6×1 e fique por dentro de todo o debate acerca deste tema.

O que é a escala 6×1?

A escala 6×1 define que o profissional tenha direito a 1 dia de descanso a cada 6 dias de trabalho. Dessa forma, empresas que oferecem seus serviços todos os dias da semana, organizam a escala da sua equipe com base neste modelo.

Nessa jornada de trabalho, o funcionário precisa abdicar de, pelo menos, um dia de descanso no fim de semana para o trabalho (embora, em alguns casos, o trabalhador trabalhe tanto no sábado, quanto no domingo, folgando apenas durante a semana).

A CLT não determina, de forma específica, como deve funcionar a escala 6×1, apenas diz que o indivíduo pode trabalhar por, no máximo, 8 horas diárias, somando 44 horas semanais, considerando apenas 4 horas aos sábados. Esta carga horária, portanto, pode ser dividida em até seis dias.

A legislação também determina que o trabalhador tenha um período mínimo de descanso durante o expediente, portanto:

  • Em jornada de trabalho de 4 a 6 horas: tem-se uma pausa de 15 minutos;
  • Em jornada de trabalho de 6h ou mais: tem-se uma pausa de 1 a 2 horas.

Alguns dos ramos de serviço que costumam adotar esta jornada de trabalho são:

  • Comércio;
  • Restaurantes;
  • Supermercados;
  • Telemarketing;
  • Farmácia;
  • Dentre outros.

Veja também: A jornada de trabalho de quatro dias é o futuro do trabalho?

O que foi proposto pela deputada Erika Hilton (PSOL)?

No dia 1º de maio, o Dia do Trabalhador, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) postou em suas redes sociais que iria apresentar ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) solicitando uma revisão da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O objetivo principal é reduzir a jornada de trabalho no Brasil.

Veja também nosso vídeo sobre a CLT!

Em sua publicação, a deputada informou que a PEC ainda está na fase de elaboração. Portanto, será apresentada ao Congresso Nacional e ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em breve.

Veja também: História do PSOL: a promessa do combate à extrema direita

Captura de tela da rede social X, antigo Twitter, exibindo uma publicação da deputada federal Erika Hilton.
Publicação do perfil da deputada federal pelo PSOL-SP, Erika Hilton, no X. Imagem: X (antigo Twitter).

No vídeo, Erika Hilton está em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e critica as condições de trabalho informal e a precarização do trabalho, consequência da perda de diversos direitos trabalhistas.

A proposta surgiu em parceria com o Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que busca melhores condições de vida para os trabalhadores, e seu representante, Rick Azevedo. Em conjunto, iniciaram uma petição online chamada “Por um Brasil que Vai Além do Trabalho”, visando a revisão da CLT.

Além da redução da jornada de trabalho, os organizadores da petição propõem um debate público e transparente, com participação ampla da sociedade.

A elaboração de políticas públicas de proteção ao trabalhador também é uma das pautas da petição.

O tema era previsto para ser analisado no Senado Federal. Ademais, dentro da Comissão de Assuntos Econômicos, tramita um projeto de lei (n° 1105/2023) para a redução das horas de serviço, que visa atingir, gradualmente, 36 horas semanais, sem que haja redução salarial.

O que é o Movimento VAT – Vida Além do Trabalho

O Movimento VAT surgiu depois que Rick (Ricardo) Azevedo, jovem de 30 anos, tocantinense e morador do Rio de Janeiro, publicou uma série de vídeos no TikTok em 2023, em que desabafava sobre a sua carga horária e escala intensa de trabalho. No vídeo, que ultrapassou 500 mil visualizações, ele diz:

“Quero saber quando é que nós, da classe trabalhadora, iremos fazer uma revolução nesse país relacionada à escala 6×1. É uma escravidão moderna. Se a gente não se revoltar, colocar a boca no mundo, meter o pé na porta, as coisas não vão mudar.”

Para Ricardo, o ápice de seu esgotamento foi quando, em seu dia de folga, sua supervisora ligou avisando que ele precisaria chegar mais cedo no trabalho no dia seguinte, o que reduziria seu tempo de descanso.

Assim, com apoio de seguidores que viviam a mesma realidade, Rick Azevedo decidiu ir em frente com seu próprio pedido do vídeo e iniciou a produção de vídeos voltados para a organização do movimento. 

Nesse contexto, nasceu o Vida Além do Trabalho (VAT), para reivindicar o fim da escala 6×1 e uma vida digna. Desde então, Rick criou uma comunidade no WhatsApp para convocar manifestações e panfletagem, organizou grupos para cada estado do país e teve a primeira ideia da petição pública.

Quais ações foram propostas pelo VAT

O objetivo da petição é exigir uma jornada de trabalho que permita o equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal.

Na petição online, as principais propostas de ação são:

  • Revisão da escala 6×1 e a implementação de alternativas que promovam uma jornada de trabalho mais equilibrada, permitindo que os trabalhadores desfrutem de mais tempo para suas vidas pessoais;
  • Debate público aberto e transparente, envolvendo representantes dos trabalhadores, empregadores e especialistas em direitos trabalhistas, para encontrar soluções viáveis e justas que melhores as condições de trabalho no Brasil;
  • Criação de políticas de proteção ao trabalhador que incluam direito a férias regulares, licença parental, limitação de horas extras, entre outras medidas que promovam a saúde física e mental dos empregados;
  • Fiscalização rigorosa para garantir o cumprimento das novas regulamentações;
  • Punição para empresas que desrespeitarem os direitos dos trabalhadores.

Motivos para o fim da escala 6×1

Trabalhadores se queixam que a jornada de trabalho no Brasil, frequentemente, ultrapassa limites de seus direitos. Esta tem sido uma das principais causas de exaustão física e mental dos trabalhadores.

Veja os principais motivos que levaram o início do movimento pelo fim da escala 6×1:

  • Maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal;
  • Maior foco na saúde, bem-estar e relações familiares dos trabalhadores;
  • Flexibilidade de jornada de trabalho;
  • Possibilidade de aprimorar suas qualificações profissionais, com estudos e especializações.

Quais são os movimentos para o fim da escala 6×1?

Neste texto, listamos alguns dos movimentos que têm se articulado pela extinção deste modelo de jornada de trabalho.

Vida Além do Trabalho (VAT)

Criado por Rick Azevedo, após a viralização de suas publicações no TikTok em que desabafava sobre sua rotina como balconista de farmácia. A partir disso, organizou grupos para protestar contra as condições de trabalho exaustivas, com foco no fim da escala 6×1. 

O movimento já criou um abaixo-assinado digital, solicitando a implementação de alternativas à escala vigente.

Uma das alternativas seria quatro dias de trabalho e três de folga (Escala 4×3). Essa proposta tem como base o projeto-piloto da organização  4 Day Week Global. A organização tem aplicado o projeto em empresas de todo o mundo a fim de testar a implementação deste modelo de trabalho. A medida propõe que os funcionários da empresa recebam 100% do salário por 80% do tempo trabalhado, com metas de produtividade 100% alcançadas.

Antitrampo

Este foi um fórum que ganhou força durante a pandemia da Covid-19. Surgiu como uma versão brasileira da comunidade estadunidense Antiwork e reuniu cerca de 94 mil membros. A comunidade se reunia no ambiente virtual para desabafar, pedir auxílios/orientações e denunciar condições de trabalho abusivas.

Demissão silenciosa (quiet quitting)

Este não se trata de um movimento organizado, entretanto foi um comportamento em massa realizado por funcionários que buscavam lidar com o trabalho realizando o mínimo de tarefas demandadas, com o mínimo de esforço possível a fim de evitar longas jornadas de trabalho.

Big Quit (ou Grande Resignação)

Este movimento também se refere ao comportamento em massa de funcionários durante a pandemia da Covid-19. O movimento, que iniciou nos Estados Unidos, foi adotado pelo Brasil e resultou no alto índice de demissões voluntárias.

O levantamento da LCA Consultores, a partir dos dados do Ministério do Trabalho e Emprego, diz que foram mais de 7 milhões de demissões voluntárias dentro do período de 12 meses, até setembro de 2023.

Lazy Job

Esta também é uma tendência, impulsionada pela Geração Z. Na tradução, “Trabalho Preguiçoso”, os adeptos a este movimento buscam por empregos menos estressantes e mais flexíveis, o que permite a adoção da premissa de equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal.

O nome não diz que o objetivo é deixar de trabalhar, mas incentiva a busca por oportunidades que ofereçam tempo e liberdade para investir em outras áreas de suas vidas além do trabalho.

Leia mais: Saúde mental e a juventude: por que é preciso falar sobre isso?

Movimento Tang Ping

Este movimento, que seria na tradução algo como “deitaço”, é um neologismo de uma gíria chinesa que descreve a rejeição dos trabalhadores chineses para as pressões sociais para trabalhar além do previsto e alcançar resultados excessivos. 

Esse movimento é considerado como uma resistência passivo-agressiva. Os trabalhadores que optam por “ficar deitados” tendem a reduzir a demanda de trabalho, ao mesmo tempo que mantém a produtividade e priorizam a sua saúde mental.

O que dizem as empresas sobre o fim da escala 6×1?

Apesar de existir muitos pontos favoráveis a essa proposta, também há muitos desafios para a adaptação do mercado a este modelo de trabalho.

É preciso levar em consideração a necessidade de adaptação às particularidades de cada setor. Áreas como varejo, saúde e serviços essenciais, precisam considerar fatores como:

  • Demandas de trabalho contínuas, o que pode exigir aumento da força de trabalho;
  • Ajustes na escala de trabalho, o que demanda um planejamento para redistribuir as horas de trabalho;
  • Custos adicionais para contratação de novos funcionários. 

Portanto, para o fim da escala 6×1 acontecer de forma eficaz, é preciso analisar as características de cada setor e empresa.

Saiba mais sobre: A jornada de trabalho de quatro dias é o futuro do trabalho?

O que diz o Ministério do Trabalho e Emprego sobre o fim da escala 6×1?

O Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante audiência no Senado, demonstrou ser favorável a iniciar um debate no Congresso referente à proposta. Entretanto, disse que a decisão caberá ao Congresso Nacional.

Veja abaixo o que declarou em plenário:

“Esse debate da jornada é importantíssimo. Quem é a autoridade para dar a palavra final é o Congresso Nacional, é o Parlamento. Portanto, é preciso se movimentar em relação a isso para que o Congresso possa refletir, avaliar e tomar a decisão se é hora, se é momento de fazer uma nova regulagem de jornada.”

E você, concorda ou discorda do fim da escala 6×1? Deixe sua opinião nos comentários!

Referências:

16 comentários em “Fim da escala 6×1: entenda a proposta da deputada Erika Hilton”

  1. Trabalho nessa escala a anos, e posso dizer que nunca mais tive saúde em dia
    Desenvolvi queda de cabelo consequência da ansiedade e o estresse fora do normal.
    E uma escala surreal na qual vc tem apenas um dia para ir ao banco , comprar alguma coisa, organizar sua casa ..dentre outras tarefas que no fim nem acaba fazendo porque no dia da sua folga você simplesmente quer morrer.
    E uma escala na qual os trabalhadores são os exilados da sociedade, o tempo passa diferente..
    Tem que mudar isso afim de proporcionar o lazer em família
    #BoraBrasiljuntonessacausa

  2. se substituírem 6×1 por 12×36 seria um sonho. trabalhar dia sim, dia não; possibilita fazer trocas com colegas pra fazer até 3 dias sem trabalhar e acaba com a palhaçada de ficar mudando o cara de turno toda hora. Não pode assumir um compromisso na vida além do trabalho pq fica trocando de horario. (aí mas segundo a clt não pode mudar o horario sem o consentimento do funcionario) Não ocorre.

  3. A pessoa que trabalha nessa escala 6 por 1 não tem tempo pra família e amigos, pois o tempo desse trabalhador é mais no emprego,na realidade não se tem uma vida social, espero que o congresso seja a favor da classe trabalhadora.

    1. Eu concordo com fim dessa escala, também trabalho 6× 1 e não tenho vida social, as vezes dá vontade de desistir do trabalho e procurar outra coisa, mas aí tu lembra das contas compromissos e não pode fazer nada, e a escravidão continua.

  4. Por mais que eu esteja numa empresa “boa”, com lideranças incríveis e justas, passei por muitas abusivas e já me ocorreu de ser demitido por “surtar”, foi por esgotamento, não aguentava mais, mas, mesmo assim, me obriguei a continuar por conta da situação financeira, outra me fez chegar a trabalhar 15 dias pra folgar um no final do mês, sob alegação de “quem trabalha mais, recebe mais” e “é permitido na clt”, balela, meu salário nunca mudou mais que 5 ou 6 reais, estou em 6×1 novamente na “força do ódio” pois são as únicas oportunidades, nunca tive tempo de estudar mais sequer uma faculdade por mudanças abruptas de horários e escala, estou com 22 anos quase e vejo muitos da minha idade com mais cacife indo em frente e eu no ciclo por ter que manter a todos da minha casa enquanto ficaram desempregados, somos em 5, agora estão se encaminhando e posso pensar, mas, e o tempo hábil? Na folga estou exausto e mal consigo dar três passos sem peso, dor ou fadiga, gasto toda minha energia na semana e me lasco no único dia livre, pois se tenho “pepinos” com banco, etc, tenho que usar esse dia o mesmo para as tarefas da casa, mesmo dividindo, por as folgas não baterem, sobra mais pra uns do que pra outros. Por a empresa ser mais “legal” estou no contrato mais longo da minha carteira, com quase um ano sem interrupções, mas, de que adianta? Sendo repositor, levantando peso todo santo dia, o dia inteiro de pé, com apenas uma hora de respiro, lidando com pessoas muitas vezes ignorantes que chego a ficar zonzo de tanto ouvir besteira, indo e voltando a pé (45 min de trajeto, pq a linha de ônibus não funciona para essa rota onde moro), todos os dias, além da ansiedade, minha bipolaridade está ficando mais carente de eu voltar à terapia, mas com que tempo? Quando repousar? Se eu faço isso no dia de descanso eu procrastino minha própria vida e necessidades básicas em prol de horas a mais na cama, fora que lido agora com dermatites, queda de cabelo, tontura, dores de cabeça e fadiga constante, pra ajudar estou passando mais dias deprimido, preocupado, cansado e fingindo que estou incrível como um touro, abro um sorriso pra enganar ergo minha postura todo dia, mas, tá machucando, tô ficando gripado a cada semana, sai um resfriado, entra uma gripe, sai gripe, entra virose, tô num limite muito estranho que eu não achava que ia chegar por ser jovem, muitos falam “ah mas tu é novo, tem muito gás” acho que meu gás tá adulterado então, meu vício em tabaco aumentando deveria ser sinal o suficiente, pois que eu fumo isso todo mundo se preocupa, e não tá errado, mas é o alarme soando de certa forma.. Enfim, eu sabia que não era vida, mas fui obrigado a isso, uma vez que meu concurso público não vingou( pelo menos seria de segunda a sexta, uma semana “normal”) agora eis as consequências, vou continuar tentando, mas, enquanto isso, é queimar, me identifiquei com os comentários acima sobre a exaustão e de fato, antes eu almejava ter um trabalho achava belo, bonito, hoje percebo que não deveria ter me iludido tanto e que a realidade é bem diferente, eu gosto de trabalhar, não é ruim, mas não é bom exagerar na dose, essa escala faz muito isso e até eu que gosto estou desgostando, imagino quem está há mais tempo, 5 anos de contrato em contrato, mas 5 anos sem férias, um atrás do outro até firmar já destrói, admiro os que sobrevivem mais de 10 anos nisso, consequências todos tem, só na minha empresa presenciei 4 colegas sucumbindo, uma afastada por burnout, outra por ansiedade e depressão, os outros dois se demitiram, tô levando na base do “é a vida, é o que é”, mas é um grande exemplo do que o que estou passando não sou só eu, eu ainda levanto, vou, pois eu preciso construir meu futuro, com dor mesmo e todo esbagaçado, mas já prometi a mim que irei atrás de atendimento médico dia desses para identificar o que está acontecendo, eu mesmo não sou capaz de diagnosticar nada. Enfim, sim, eu concordo com o fim da escala 6×1.

  5. Quem trabalha essa escala não tem vida, um dia de folga vc não sabe se coloca a casa em ordem, se descansa ou se passeia com a família.

    Super a favor do 12×36

  6. Eu sempre achei abusivo essa escala 6/1 é uma escravidão reformada. Tem mudar mesmo o mais rápido possível pelo bem dos trabalhadores.

  7. Trabalho nessa escala, e sinceramente não tenho mais vida além do trabalho mesmo, fico preso no trabalho quase que o tempo todo, porque quando estou fora, não sobra saúde pra fazer o que eu gostaria mesmo, fico cansado de uma forma que só consigo lavar minhas roupas porque é necessário, logo depois caio na cama e durmo só vou acordar as 3 da manhã quando já preciso sair de casa pra trabalhar novamente.
    Creio que trabalhadores mais saudáveis e felizes com suas vidas familiares e financeiras, são trabalhadores muito melhor, portanto, acho que donos de empresas que utilizam essa escala, deveriam repensar em remunerar bem melhor seus colaboradores e reduzir sua jornada de trabalho, dessa forma, não tem o porque o trabalhador não vestir a camisa da empresa dele.
    Certamente os lucros serão bem maiores também, pois, onde existe felicidade existe evolução.
    Lembrem-se, de acordo com a constituição o salário mínimo deveria dar condição de 3 pontos básicos necessários, que são:
    1. Alimentação, a pessoa precisa ter condição de bancar, ou seja, 500,00 por adulto por mês aproximadamente na inflação desde o Temer;
    2. Moradia, a pessoa precisa ter condição de financiar sua moradia, seja ela alugada ou própria.
    O salário precisa dar condição que seria atualmente em torno de 1.500,00 mensais.
    3. Lazer, não menos importante que os outros dois, pelo contrário creio que tão importante quanto, esse ponto é crucial, girando em torno de 100,00 diários, porém lazer é todo dia, portanto se torna o mais alto dentre todos os custos aqui citado.
    Finalizando o raciocínio e o que diz a legislação, seria necessário 5.000,00 aproximadamente, só para os custos básicos, ficando em torno de 6.000,00 aproximadamente com todas as contas inclusas entre água, luz e Internet.
    Girando em torno de um salário bruto mensal de 6.818,19 para fins do INSS somente, caso exista VT e outros descontos precisaria aumentar ainda mais.
    Isso mostra o quão defasado está o salário mínimo e seus subsequentes.
    É necessário tal alteração o mais rápido possível, não podemos permitir que isso siga, pois não sabemos se exostira vida aqui depois de 2050.

  8. O mundo se encaminha para uma realidade mais justa. Bilionários, milionários e grandes da indústria não podem ditar a relação das pessoas com o trabalho. A politica serve para entender as necessidades a nível da sociedade. Não é fácil trabalhar nessa escala para tornar o seu patrão multimilionário, passar a vida toda ou metade dela trabalhando sem aproveitar a família, sem realizar projetos pessoais, não conseguir cuidar da casa ou fazer uma pequena viagem. Enquanto isso, quem se diz contra está fazendo exatamente o que deve ser feito, encontrando equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Já passou da hora desse sistema capitalista ser usado para o bem da sociedade e não para explorar o ser humano! Torço muito para o fim dessa e outras escravidões modernas.

  9. Trabalho com manutenção de Elevadores, numa grande multinacional do segmento.

    Manutenção de elevadores é uma atividade extremamente exaustiva.
    Meu deslocamento para os prédios é de busão ou andando, puxando mala de ferramentas (pesada pra caramba).

    Chega a sexta-feira eu estou me arrastando, quando lembro que no sábado tem outro dia completo de trabalho, dá vontade de chorar.

    Depois que comecei a trabalhar nessa escala, acabou a minha vida social, não tenho tempo pra mais nada.
    Essa aberração chamada escala 6×1 tem que acabar.

    #fimdaescala6x1

  10. Alexander César Amâncio Dias

    Eu tive esse conhecimento dessa escala 6×1,a pouco tempo e logo um depois que me empreguem, estou na mesma situação.
    Apesar de no sábado eu trabalha mais quatros horas para poder completar a carga horária definida pela empresa não é nada agradável deixar de dormir um pouco e brincar ou passear com meu filho de onze anos.É muito injusta essa escala e conte comigo,mesmo se daqui a algum já não estiver nessa escala 6×1,de sacrifício e tormento.
    Um abraço e fiquem com Deus.

  11. Também trabalho 6×1 de 4 da tarde até 1 e 20 da madrugada não tenho vida social e muito cansativo e meu trabalho e muito pesado e a empresa é uma vergonha e mal coordenada abusa dos trabalhadores os corredores são escorregos os trilhos onde passam as mercadorias estão em uma situação onde vc se mata pra levar de um ceto para outro!, ho nome da empresa e Frigol e um frigorífico que usam fack pra conseguir trabalhadores !

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Faço parte da equipe de conteúdo da Politize!. Cientista social pela UFRRJ, pesquisadora na área de Pensamento Social Brasileiro, carioca e apaixonada pelo carnaval.

Fim da escala 6×1: entenda a proposta da deputada Erika Hilton

07 set. 2024

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