Você já ouviu falar na palavra Fordismo? É uma palavra muito falada, principalmente nos tempos da escola, para ser mais específica, durante o ensino médio. Quando se fala nisso, instantaneamente, é possível recordar a quantidade de mudanças que vieram através desse modelo de produção que teve o seu início durante a revolução industrial, surgindo ali, por volta do século XX, diante da necessidade de criar uma sistematização para os meios de produção em massa.
Para melhor explicar, é uma ferramenta utilizada para montagem de produtos em grande escala, visando produzir sempre o suficiente para a estocagem, diminuindo assim, o preço dos produtos no mercado. Esse modelo de produção é também chamado de (make-to-stock), ou produção em massa.
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Como surgiu?
O fordismo surgiu em janeiro de 1994, criado pelo norte-americano chamado Henry Ford, nascido em 30 de julho de 1863, na cidade de Condado de Wayne. Henry Ford tinha como objetivo criar e revolucionar o meio automobilístico, e pensando nisso, criou e introduziu o sistema de produção fordista, isso apenas nas fábricas Ford.
Com o passar do tempo, e ao perceber que este meio de produção foi um sucesso, logo outros ramos como, por exemplo, a siderúrgica e setor têxtil, começaram a apostar altas fichas nesse sistema também.
O que é o fordismo?
Surgiu durante o contexto de revolução industrial. Era um modelo de produção muito utilizado nos Estados Unidos, e tinha como objetivo sistematizar os meios de produção, buscando aumentar o número de produtos fabricados, ao mesmo tempo em que buscavam a redução dos custos.
Nesse contexto, foi possível reduzir o preço dos carros, facilitando o acesso de mais pessoas a compra de automóveis, gerando assim grande crescimento em outros setores, como por exemplo, a criação de novas estradas.
Foi nesse período que o mundo vivenciou a revolução de modo mais intenso. Como várias empresas já haviam aderido a este sistema, nas fábricas eram utilizados maquinários e instalações industriais inovadoras o que trouxe grandes melhorias para a fabricação, deixando assim um grande marco na história.
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Como funciona?
De início, o processo de fabricação era artesanal, e todos os carros eram produzidos seguindo um mesmo modelo. Os meses passaram, e cada dia ficava mais claro que para a sistematização do modelo da produção, seria necessário investir na automatização das máquinas.
Desde então, o trabalho passou a ser automatizado, e cada pessoa era responsável pela montagem especifica no processo de produção. Sendo assim, os operários não precisavam de qualificação, e nem os empresários precisavam se preocupar em qualificá-los, pois cada operário aprendia a dominar apenas uma parte específica, o que facilitava a substituição, caso o operário faltasse.
Por falar em linha de montagem, você conhece o conceito de “alienação do trabalho”? Leia nosso artigo para entender essa relação: Mais valia: o conceito central da teoria marxista
Quem foram os mais beneficiados?
Podemos dizer que os mais beneficiados nesse período foi a classe empresarial, entretanto, cabe destacar que, houve redução na qualidade dos produtos fabricados, e por consequência, grande quantidade de produtos estocados.
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Os operários trabalhavam sem qualificação, trabalhos repetitivos e extremamente desgastantes, onde muitos adquiriam doenças, e ainda, recebiam baixa remuneração dificultando ainda mais as condições de trabalho. Uma boa ilustração de como eram os tempos durante o fordismo, você pode observar no filme Tempos Modernos, onde o filme faz uma crítica ao sistema capitalista.
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Como ocorreu o fordismo no Brasil?
O fordismo no Brasil não foi um modelo de produção adotado, mas foi implantado pelos Estadunidenses.
Devido o contexto social do Brasil, o princípio do fordismo não pôde ser instalado como em essência, precisou ser ajustado para estar alinhado com a realidade do país.
Segundo os princípios do fordismo, é necessário que a população acumule dinheiro para então consumir produtos nacional, e por consequência movimentar a economia.
Nesse sentido, o Brasil foi um grande limitador de preços, pois os consumidores não conseguiam consumir produtos internos, já que devido a desigualdade social existente, o capital não era distribuído, mas concentrado nas mãos de poucos.
Diante disso, não havia consumidores para consumir o que era produzido, e como consequência, houve a redução da produção de bens não duráveis, aumentando assim a produção de bens necessários para a manutenção do crescimento econômico.
Sendo assim, é fácil perceber que devido a falta de atenção ao combate as desigualdades sociais, não pôde ocorrer um desenvolvimento sólido da indústria de capital. Contudo, a produção de bens não duráveis foi igual ou maior que os países desenvolvidos, igualando a produção de bens a de países subdesenvolvidos.
O fim
O princípio do fordismo funcionou bem, mas, por volta de 1945 a 1968, a falta de máquinas suficientes para a manutenção da produção, altos investimentos em maquinários, e a quantidade de produtos estocados, o modelo de produção de Henry Ford foi substituído por um modelo de produção mais enxuto.
Esse modelo buscava atender melhor às necessidades do mercado. E é chamado de taylorismo. Recebeu esse nome devido ao seu fundador, Frederick Taylor, e nada mais é que uma forma de administração que foca nas tarefas, visando melhorar a eficiência operacional do empreendimento.
Mas isso é assunto para um próximo texto, não é mesmo?
E aí, conseguiu entender melhor o que é o fordismo e como ele funciona? Conta pra gente o que você achou?
Referências
- CURADO, Adriano. Fordismo: Contexto Histórico, Origem, Características e Decadência 09.ago.21. Conhecimento Científico.
- CURADO, Adriano. Taylorismo: Contexto, Principais Características e Críticas. 09.ago.21. Conhecimento científico.
- Info Escola – Produção em massa.
- Mundo Educação – Fordismo.
- RODRIGUES, Benedito. Fordismo, Ohísmo, Rigidez e Flexibilidade na Produção em massa. PUC-SP.
- Suno – Fordismo: conheça esse importante método de produção.