Amado por alguns, odiado por outros: Nicolás Maduro é uma figura central na política venezuelana e latino-americana. Para uns, é símbolo de resistência contra o imperialismo; para outros, representa um governo marcado por crises e repressão. Mas quem é o homem por trás das manchetes? Como Maduro chegou ao poder e o que sua liderança significa para a Venezuela e o restante da América Latina?
Neste texto, vamos explorar sua trajetória desde suas origens sindicais até a presidência, suas principais bandeiras e as polêmicas que cercam seu governo. Além disso, analisaremos como sua liderança impacta a região e o futuro da Venezuela.
Quem é Nicolás Maduro?
Nicolás Maduro Moros nasceu em 23 de novembro de 1962, em Caracas, Venezuela. Filho de Nicolás Maduro García, um líder sindical, e Teresa de Jesús Moros, uma trabalhadora de origem colombiana, cresceu em um ambiente politicamente engajado.
Desde jovem, participou ativamente de movimentos estudantis e sindicais, o que o aproximou da política. Na década de 1980, Maduro desenvolveu sua ideologia em Cuba, onde teve contato com a filosofia marxista e a história da América Latina.
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Essa experiência o levou a adotar o socialismo bolivariano, uma das bases de sua atuação política. Maduro é casado com Cilia Flores, advogada e política influente na Venezuela, e seu filho, Nicolás Maduro Guerra, também tem se envolvido com a política.
Desde 2013, Maduro ocupa a presidência da Venezuela, após a morte de Hugo Chávez. Seu governo se caracteriza pela continuidade das políticas de Chávez, com forte retórica anti-imperialista, além de enfrentar desafios como a crise econômica, a instabilidade política e as sanções internacionais.
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Vida e trajetória política
Sua trajetória política começou no movimento estudantil, ainda durante o ensino fundamental. Maduro ingressou na organização Ruptura, que estava ligada ao clandestino Partido de la Revolución Venezolana (PRV), uma organização influenciada pelo marxismo e pela luta armada.
Contudo, foi na Liga Socialista que ele realmente encontrou espaço para desenvolver suas habilidades como organizador e agitador político. Aos 24 anos, em 1986, Maduro foi enviado para Cuba, onde estudou na Escuela Superior de Cuadros Ñico López, uma instituição do Partido Comunista de Cuba (PCC).
Lá, ele se aprofundou em temas como filosofia marxista, economia política e história da América Latina, conhecimentos que viriam a ser fundamentais em sua atuação política posterior.
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Em 1990, Maduro começou a trabalhar no metrô de Caracas como motorista do metrobús, após aprovação em concurso público. Destacou-se como líder do sindicato dos trabalhadores do metrô, liderando diversas mobilizações e representando a classe em discussões e negociações com a patronal.
Em seguida, ingressou no Movimiento Bolivariano Revolucionario 200 (MBR-200), um grupo fundado por militares, incluindo Hugo Chávez, que buscava uma transformação profunda na Venezuela. Ele participou ativamente das duas tentativas de golpe militar em 1992, que buscavam derrubar o governo de Carlos Andrés Pérez.
Embora ambas as tentativas tenham falhado, elas serviram para consolidar Maduro como um aliado leal de Chávez. Após a segunda tentativa frustrada, que resultou na prisão de Chávez, Maduro se envolveu em protestos que exigiam a libertação do líder militar, solidificando sua posição dentro do movimento bolivariano.
Em dezembro de 1994, após a libertação de Chávez, Maduro foi convidado por ele para integrar a direção nacional do reorganizado Movimiento Bolivariano Revolucionario 200. Isso marcou o início de uma parceria política que moldaria o futuro da Venezuela.
Em 1997, Maduro participou da fundação do Movimento Quinta República (MVR), o partido político que lançaria Chávez como candidato à presidência em 1998. Essa eleição marcou uma virada na política venezuelana, com a vitória de Chávez e o início do que ficou conhecido como a Revolução Bolivariana.
Ascensão na administração Chávez
Com a eleição de Chávez, Nicolás Maduro ganhou destaque no cenário político venezuelano. Foi eleito deputado pelo MVR e tornou-se líder da bancada parlamentar.
Quando Chávez convocou uma Assembleia Nacional Constituinte em 1999 para redigir uma nova Constituição, Maduro desempenhou um papel central. A nova Constituição, aprovada no mesmo ano, reforçou o poder do executivo e estabeleceu as bases para as reformas sociais e econômicas que se seguiriam.
Maduro continuou a ascender na hierarquia política venezuelana, sendo reeleito deputado em 2000 e, em 2005, foi eleito presidente da Assembleia Nacional. Sua lealdade e proximidade com Chávez foram recompensadas em 2006, quando foi nomeado Ministro das Relações Exteriores.
Nesse cargo, Maduro desempenhou um papel crucial na formulação e implementação da política externa bolivariana, que se concentrava em promover a unidade latino-americana e resistir à hegemonia dos Estados Unidos.
Fortaleceu alianças com países como Cuba, Rússia, China, Irã e Síria. Ele também se destacou como um defensor da causa palestina e da solidariedade com Cuba, tendo desempenhado um papel fundamental no retorno de Cuba à Organização dos Estados Americanos (OEA) após 47 anos de suspensão.
O papel de Maduro como Ministro das Relações Exteriores solidificou sua posição como um dos principais líderes do movimento bolivariano.
Vice-presidência e transição para a presidência
Em 2012, após a reeleição de Chávez para um quarto mandato, Maduro foi nomeado vice-presidente. Naquele momento, a saúde de Chávez estava em declínio devido ao câncer, e ele começou a delegar mais responsabilidades a Maduro.
Em dezembro de 2012, Chávez anunciou publicamente que, caso não pudesse continuar no cargo, Nicolás Maduro deveria ser seu sucessor. Essa declaração foi vista como uma tentativa de evitar uma disputa interna pelo poder entre Maduro e Diosdado Cabello, outro líder proeminente do movimento bolivariano.
Com a morte de Chávez em 5 de março de 2013, a Venezuela entrou em um período de incerteza política. Maduro assumiu a presidência interina e, apesar das contestações da oposição, a Suprema Corte da Venezuela considerou sua candidatura nas eleições presidenciais como legal.
Em 14 de abril de 2013, Nicolás Maduro foi eleito presidente da Venezuela, vencendo o candidato da oposição, Henrique Capriles, por uma margem estreita de 50,66% a 49,07%. Cargo para o qual foi reeleito em 2018 e em 2024.
Desde então, sua presidência tem sido caracterizada por uma série de crises econômicas, sociais e políticas.
Sob seu governo, a Venezuela enfrentou uma queda acentuada do PIB, hiperinflação, escassez de bens essenciais e uma massiva emigração de cidadãos.
Enquanto Maduro argumenta que as dificuldades econômicas resultam de avaliações internacionais e pressões externas, analistas econômicos e opositores destacam que políticas internacionais, como estatização excessiva, descontrole inflacionário e corrupção, foram fatores determinantes para o colapso econômico.
Para analistas como o professor Oliver Stuenkel, essas políticas têm sido fatores determinantes para a prolongada crise da Venezuela, prejudicando a estabilidade do país.
Veja também: Política na Venezuela: o fim de uma era?
Posicionamento político de Maduro e suas principais bandeiras
Nicolás Maduro consolidou sua trajetória política como herdeiro do chavismo, abraçando o socialismo bolivariano como base ideológica. Seu posicionamento político é marcado pelo nacionalismo, pela defesa de um Estado centralizado e pela luta contra o que ele define como imperialismo estrangeiro, especialmente dos Estados Unidos.
Anti-imperialismo
Desde 2013, Nicolás Maduro adota uma retórica de resistência ao imperialismo, acusando os EUA e as potências ocidentais de promoverem uma guerra econômica contra a Venezuela. Em resposta, Maduro estreitou laços com Rússia, China e Irã para evitar sanções e fortalecer sua posição.
Seus aliados veem essa postura como uma defesa da soberania nacional, enquanto críticos argumentam que o discurso anti-imperialista pode desviar o foco de problemas estruturais, como a crise econômica e a fragilidade institucional.
A oposição denuncia que o governo usa essa retórica para impor restrições políticas e repressão, com denúncias de prisões arbitrárias e censura. O governo, por sua vez, alega que tais medidas são permitidas para manter a estabilidade frente a ameaças internas e externas.
O debate reflete a tensão entre a busca por autonomia política e as críticas à concentração de poder, dividindo opiniões entre os que veem Maduro como defensor da soberania e os que o acusam de usar o anti-imperialismo como ferramenta de controle.
Socialismo bolivariano
Outro pilar do governo Maduro é a continuidade do socialismo bolivariano iniciada por Chávez. Programas sociais focados em habitação, alimentação e saúde, como os CLAP (Comitês Locais de Abastecimento e Produção), são apresentados pelo governo como ferramentas de justiça social e proteção às populações mais vulneráveis.
No entanto, é apontado que o programa tem sido utilizado como instrumento de controle político, com relatos de distribuição desigual de recursos e favorecimento a apoiadores do regime. As crises econômicas e humanitárias enfrentadas pela Venezuela dificultam a manutenção e expansão dessas políticas, gerando avaliações divergentes.
Enquanto aliados do governo destacam a importância dos programas para a população em situação de vulnerabilidade, opositores e analistas independentes questionam sua eficácia e denunciam problemas como corrupção e falta de transparência.
Veja também: O que é socialismo?
Autossuficiência econômica
Buscando maior autossuficiência econômica, Nicolás Maduro tem promovido esforços para diversificar a economia e reduzir a dependência histórica do petróleo. Sua proposta de uma “economia de resistência” enfatiza o estímulo à produção interna de alimentos e bens essenciais, como forma de enfrentar as avaliações internacionais e fortalecer o mercado interno.
Enquanto aliados do governo defendem essa estratégia como um caminho para a maior soberania econômica, críticos e analistas independentes apontam desafios estruturais que dificultam sua implementação. A hiperinflação, a corrupção e a baixa correção do país no mercado internacional são obstáculos recorrentes, levando a questionamentos sobre as previsões das políticas impostas.
Veja também: Soberania alimentar: o que é e como esse debate também é ambiental?
Fortalecimento das forças armadas e soberania
Além disso, Maduro reforçou a presença das forças armadas no cenário político e econômico. Sob seu comando, os militares não só desempenham papel central na segurança nacional, mas também têm controle sobre setores estratégicos da economia, como a distribuição de alimentos e a indústria petrolífera.
Essa militarização é justificada como uma forma de garantir a soberania e estabilidade do país, mas é frequentemente vista como um mecanismo de controle político.
Essas bandeiras, no entanto, são alvos de forte polarização. Enquanto apoiadores exaltam o compromisso de Maduro com a independência nacional e a justiça social, seus críticos destacam os desafios: um país marcado pela repressão, colapso econômico e migração em massa.
O governo Maduro se apresenta como defensor da soberania e do povo, mas suas políticas geram debates sobre o futuro da Venezuela no cenário regional e global.
Principais feitos em seus mandatos
Durante seus anos no poder, Nicolás Maduro implementou medidas que buscavam responder à crise econômica e política da Venezuela, ao mesmo tempo em que reforçava as bases do chavismo. Entre os principais feitos de seus mandatos, destacam-se a ampliação de programas sociais e a criação da Assembleia Nacional Constituinte.
Expansão de programas sociais
Maduro continuou e expandiu políticas sociais iniciadas durante o governo de Hugo Chávez, muitas delas focadas no combate à pobreza extrema. A Missão Vivienda, criada em 2011 por Chávez, foi um dos pilares dessa agenda.
Com o objetivo de fornecer moradia digna a milhões de venezuelanos, o programa ganhou força durante os governos de Maduro, que afirmou ter entregado mais de 3 milhões de casas até 2020. Apesar disso, críticos apontam que os números carecem de transparência e que muitas dessas habitações foram construídas com qualidade questionável.
Outro programa relevante foi a Missão Alimentação, que buscava garantir segurança alimentar para a população em meio à crise econômica. Por meio dos CLAP (Comitês Locais de Abastecimento e Produção), o governo distribuiu alimentos subsidiados, beneficiando milhões de famílias.
No entanto, o programa também enfrentou críticas devido à má gestão, denúncias de corrupção e ao uso político da distribuição, com relatos de exclusão de opositores.
Criação da Assembleia Nacional Constituinte
Em meio a protestos massivos e à intensificação da crise política, Maduro convocou, em 2017, uma Assembleia Nacional Constituinte (ANC). Ele justificou a medida como necessária para “restaurar a paz” e reescrever a Constituição de 1999, criada sob o governo Chávez. Contudo, o processo eleitoral da ANC foi amplamente boicotado pela oposição e denunciado por irregularidades, incluindo suspeitas de fraude.
Após sua formação, a Assembleia Constituinte assumiu poderes legislativos, enfraquecendo a Assembleia Nacional, que era controlada pela oposição. Essa manobra consolidou o poder de Maduro e foi vista por muitos como um golpe de Estado institucional, aprofundando o isolamento internacional de seu governo.
Embora os programas sociais e a criação da ANC tenham sido apresentados como respostas às demandas do povo venezuelano, ambos são símbolos da polarização política no país. Para apoiadores, representam a resistência do chavismo diante da crise. Para críticos, são exemplos de uma gestão centralizadora e autoritária que comprometeu a democracia e agravou os problemas estruturais da Venezuela.
A influência de Nicolás Maduro na América Latina e no cenário internacional
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A liderança de Nicolás Maduro ultrapassa as fronteiras venezuelanas, tornando-se central nas dinâmicas políticas, econômicas e diplomáticas da América Latina e de outras regiões do mundo. Sua gestão e postura geram divisões, consolidando-o como um ator polarizador no cenário geopolítico.
Na América Latina, Maduro é visto de formas contrastantes: para governos de esquerda, ele é um defensor da soberania regional contra a influência dos Estados Unidos; para governos de direita, é frequentemente considerado um exemplo de autoritarismo e má gestão.
Parcerias com governos progressistas
Maduro intensificou relações com líderes progressistas na região, como Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Gustavo Petro (Colômbia) e Andrés Manuel López Obrador (México). O Brasil, em particular, desempenha um papel importante. Durante o governo Lula, houve avanços na reabertura de canais diplomáticos e comerciais, promovendo a cooperação econômica e energética. Colômbia e México, por sua vez, têm se posicionado como mediadores em diálogos para resolver a crise venezuelana.
Impacto da crise migratória
A crise socioeconômica na Venezuela provocou um dos maiores êxodos da história recente, com cerca de 7 milhões de venezuelanos emigrando para países vizinhos como Colômbia, Brasil e Peru. Essa situação colocou à prova os sistemas de acolhimento desses países, gerando tensões sociais e diplomáticas. Em resposta, governos da região têm promovido iniciativas para regularizar a situação dos migrantes, enquanto pressionam Maduro por soluções internas.
Blocos regionais e integração latino-americana
Maduro tem buscado revitalizar organizações como a ALBA e fortalecer a CELAC como alternativas à OEA, vista por seu governo como alinhado aos interesses americanos. No entanto, essa estratégia isola a Venezuela e reduz sua influência em organismos internacionais mais amplos.
Cenário internacional
No plano global, Maduro tem adotado uma estratégia de alianças com potências emergentes e países não alinhados aos Estados Unidos, buscando alternativas para driblar o isolamento imposto pelas sanções internacionais.
Relações com Rússia e China
Rússia e China são os principais pilares do apoio internacional ao governo Maduro. Moscou fornece suporte militar e econômico, enquanto Pequim é um parceiro estratégico em investimentos e comércio, especialmente no setor energético. Em troca, a Venezuela concede privilégios significativos em petróleo, gás e mineração a esses países.
Parceria estratégica com o Irã
Nos últimos anos, a relação com o Irã ganhou destaque. Teerã enviou combustível à Venezuela em momentos críticos, ajudando o governo a enfrentar sanções no setor energético. Além disso, os dois países têm cooperado em áreas como tecnologia e agricultura, fortalecendo um eixo antiocidental.
Resistência às sanções internacionais
Maduro é um dos mais veementes críticos das sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia, que restringem o acesso da Venezuela a mercados financeiros globais e recursos internacionais.
Em fóruns como a ONU, ele denuncia essas medidas como “crimes contra a humanidade” e busca apoio de nações africanas, asiáticas e latino-americanas. Essa retórica visa consolidar sua imagem de resistência ao imperialismo, reforçando seu apelo entre aliados internacionais.
A atuação de Nicolás Maduro transcende o âmbito doméstico, posicionando a Venezuela como um ponto de resistência contra o modelo ocidental de governança e economia.
No entanto, essa postura também isola o país de mercados tradicionais e agrava sua dependência de parceiros estratégicos, como Rússia, China e Irã. Na América Latina, a liderança de Maduro continua a moldar debates sobre soberania, integração e democracia, mantendo a Venezuela como um centro de atenção e controvérsias.
Eleições na Venezuela em 2024
As eleições presidenciais de 2024 na Venezuela ocorreram em um cenário de crise econômica e repressão política, com Nicolás Maduro reeleito em meio a denúncias de irregularidades. Observadores internacionais, como a OEA e a União Europeia, apontaram falta de transparência, intimidação de eleitores e uso de recursos públicos para favorecer o governo.
A oposição, fragmentada e sem um candidato único, enfrentou repressão e limitações, com diversos líderes impedidos de concorrer ou optando por boicotar o pleito, alegando condições injustas.
Internacionalmente, a vitória de Maduro foi reconhecida por aliados como Rússia e China, mas contestada por países como os Estados Unidos e membros da União Europeia, aprofundando a polarização em torno da Venezuela.
Com a reeleição, Maduro fortalece seu controle sobre o país, mas as denúncias e a fragmentação política interna levantam incertezas sobre o futuro democrático e a possibilidade de superação da crise venezuelana.
Veja também: Eleições na Venezuela: mais 6 anos de Maduro?
Violação dos direitos humanos
Organizações como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch acusam o governo de Maduro de graves violações, incluindo detenções arbitrárias, tortura e execuções extrajudiciais. Em 2020, um relatório da ONU concluiu que o governo venezuelano havia cometido crimes contra a humanidade.
Fraude eleitoral
As eleições sob o governo de Maduro, especialmente em 2018, foram alvo de acusações de fraude e manipulação. A falta de transparência e a ausência de observadores internacionais imparciais geraram um clima de desconfiança, com a oposição e diversos países ocidentais não reconhecendo os resultados, o que prolongou a crise política no país.
Crise econômica e humanitária
A Venezuela enfrentou uma grave crise econômica durante o governo de Maduro, caracterizada por uma hiperinflação devastadora, escassez de alimentos, medicamentos e outros bens essenciais.
Milhões de venezuelanos emigraram em busca de melhores condições de vida, criando uma das maiores crises migratórias da história recente da América Latina.
Repressão e controle político
Maduro foi acusado de usar medidas repressivas contra a oposição, como prisões políticas, fechamento de meios de comunicação e o uso de milícias pró-governo para intimidar e controlar a população. O fortalecimento do controle sobre as forças armadas e instituições do Estado tem sido um pilar de sua estratégia política.
Nicolás Maduro permanece como uma figura central e controversa na política latino-americana, com um legado que desafia e divide opiniões. Sua trajetória reflete a complexidade do cenário venezuelano. Entender sua história é essencial para compreender os dilemas que moldam a Venezuela e suas relações internacionais.
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Referências
- Acervo O Globo – Chávez lidera golpe fracassado em 1992 e é alvo de golpistas na Venezuela em 2002
- BBC Brasil – O papel crucial da Rússia e Chinana sobrevivencia de Maduro na Venezuela
- BBC Brasil – Venezuela: 5 fatores que explicam a permanência de Maduro no poder
- Brasil Escola – Biografia de Nicholás Maduro
- Carnegie Endowment for International Peace – Maduro’s Resilience Reflects the West’s Limited Influence in Venezuela
- CNN Brasil – Análise: Isolamento internacinal da Venezuela fortalece Nicolás Maduro
- CNN Brasil – Quem é Nicolás Maduro, presidente da Venezuela que tenta reeleição?
- CNN Brasil – Venezuela faz escolha a favor da repressão, afirma professor a CNN
- Estadão – Protestos na Venezuela: ditadura de Maduro reprime e prende opositores após acusações de fraude
- Estadão – Venezuela: a revolução em perigo.
- Exame – Quem é Nicolás Maduro, presidente da Venezuela há 11 anos que se declara vencedor das eleições
- Folha de São Paulo – Poder, dinheiro e medo: como Maduro mantém apoio de militares na Venezuela
- G1 – Nicolás Maduro oficializa união de 19 anos e se casa com Cilia Flores
- Jacobina – Hugo Chávez liderou uma das experiências mais radicais dos últimas décadas
- Portal Contemporâneo da América Latina e Caribe – USP – Nicholás Maduro