Nós já sabendo que vivemos em uma Democracia, uma forma de governo, mas existe outras, como a Epistocracia, que é uma forma defendido pelo filósofo Jason Brennan no seu livro Against Democracy.
Portanto, nesse texto da Politize!, abordaremos a Epistocracia e alguns dos seus elementos importantes para você aprender ainda mais!
O que é a Epistocracia? Como surgiu?
A Epistocracia, em uma análise do filósofo Jason Brennan, é a distribuição do poder nas pessoas que apresentam conhecimento ou competência para organizar as decisões políticas. Com isso, haveria um sufrágio restrito, ou seja, apenas algumas pessoas votariam, e os votos daqueles, que seriam denominados de ignorantes ou incompetentes não seriam contabilizados nos temas políticos.
A primeira menção ao termo Epistocracia foi na obra A República, do filósofo Platão, que defendia a ideia do rei-filósofo. No entanto, o termo utilizado na época era de Sofocracia, onde apresentava o mesmo significado, mas com a junção da contemplação do sábio com a ideia de o que é o Bem.
Para Platão, a epistocracia é um regime político exercido pelos sábios, os reis filósofos. Dessa forma, conseguimos entender que o poder estaria dirigido por pessoas sábias, e não seriam todos os cidadãos que entrariam nessa categoria.
O que Platão defendia?
No livro A República, do filósofo Platão, é analisado uma nova perspectiva de governo, e que seria denominado de Sofocracia, uma aristocracia mais moderna e idealizada por ele. No entanto, uma pessoa capacitada para governar seria um cidadão que tenha conhecimentos, algo natural, e depois de algum tempo de formação estaria preparado para lidar com as situações de políticas.
Esse cidadão preparado para governar seria chamado de “rei-filósofo”, e deveria ter uma sabedoria impecável para administrar as cidades. E ainda deveria ter uma contemplação sobre a ideia de Bem, algo que só quem portaria era os filósofos.
Afinal, qual seria a diferença entre Sofocracia e Epistocracia?
Já podemos esclarecer que as duas formas de regime político se assemelham em muitos aspectos e podem ser confundidas se não soubermos diferenciar as suas principais divergênicas.
A Sofocracia é a ideia contemplada por Platão, e tem como os representantes ideais aqueles que têm conhecimento e contemplam a ideia do Bem, sendo assim, na epóca, seriam os filósofos, que eram denominados de “rei-filósofo” pelo autor do livro A Repúblia.
A Epistocracia é a defendido por Jason Brennan, e que apresenta um significado mais moderno, sem a necessidade ser filósofo e ter a contemplação da ideia do Bem, mas deve ter uma sabedoria impecável e não pode ser ignorante, irracionais ou desinformados, termos utilizados por Brennan para qualificar aqueles que não estariam preparados para votar.
Quais são as características do regime epistocrático?
A principal característica desse regime é a concentração do poder em um determinado grupo, que seriam denominados de sábios, e estariam dispostos intelectualmente para poder decidir sobre as situações políticas.
Além disso, não saberíamos como seriam os critérios para selecionar um cidadão como sábio, e quais assuntos poderiam qualificar um indivíduo para tomar decisões para uma sociedade heterogênea. Porém, podemos afirmar, que após analisar os posiocionanetos de Jason Brennan, essa qualificação seria confirmada depois de comprovações, como testes de conhecimentos sobre assuntos que norteiam a política e a sociedade de uma forma ampla.
A Epistocracia seria um regime para poucos, e não existiria o debate entre os assuntos que predominam os diferentes povos, raças, gêneros e os problemas sociais. Dessa forma, para poder votar e ser candidato aos cargos políticos, essas pessoas deveriam ter um conhecimento sobre os diversos assuntos, de forma didática, essas pessoas passariam por um “Enem” do conhecimento para saber se estariam preparados para tomar decisões políticas.
Quais são as diferenças entre a Epistocracia e Democracia?
Em uma análise profunda do regime epistocrático, podemos concluir que existe muitas diferenças entre a Democracia e a Epistocracia. Aliás, a primeira diferença é como seria a divisão dos poderes, sabendi que a primeira, a Democracia, o poder emana do povo, ou seja, o povo é o principal pilar para a formentação das articulações sobre assuntos da sociedade. E a segunda, a Epistocracia, haveria uma apuração para escolher os indíviduos que teriam conhecimento e sabedoria para resolver os proboemas sociais.
Sendo assim, se a epistocracia entrasse em vigor, haveria uma seleção de pessoas para poder votar ou tomar decisões sobre determinados assuntos. No entanto, a população não tomaria as decisões sobre os projetos de lei, os programas sociais e até sobre os rumos de políticas públicas.
Afinal, a epistocracia é o modelo que seleciona os sábios, assim denominados pelos filósofos Platão e Jason Brennan, para poder votar e legislar sobre os rumos políticos, sociais e econômicos. Mas, os critérios são insuficientes e não abrangem a pluralidade populacional que existe na nossa comunidade.
As diversas formas de governação política:
Já sabemos o conceito da epistocracia e como estabeleceria na nossa sociedade. Mas, existem ou já existiram outras formas de governo, e agora vamos falar sobre eles:
- Aristocracia: para Aristóteles, é um governo para os melhores, que seriam os nobres, aqueles que têm um nível de superioridade intelectual e moral. Dessa forma, defendia que a sabedorira passava de geração em geração, e acreditava que essa classe social seria de “sangue azul“.
- Oligarquia: é um governo para poucos, onde poucas pessoas tinham o poder nas mãos e isso dificultava a circulação de cidadãos na política. O maior exemplo que podemos citar é a política do café com leite, onde os coróneis tomavam conta das decisões políticas de cada região.
- Plutocracia: é um governo dos ricos, essa palavra é de origem grega e significa (“plouto”= riqueza e “kratos”= governo). É um governo dirigido pelas classes mais ricas.
- Monarquia: é um governo representado pelo rei ou rainha, que é o/a monarca, e representa todo o papel político daquele país. O Brasil já teve uma Monarquia, e foi representado pelo D. Pedro I e D. Pedro II. Hoje em dia, o país que representa esse tipo de regime é o Reino Unido, onde a Rainha Elizabete II representou o território monarquico, e atualmente, após a sua morte, o seu filho Charles III é representante.
Com isso, podemos afirmar que o melhor desenvolvimento para uma sociedade heterogênea é a inserção da diversidade, e da participação, totalmente, do povo. Dessa forma, a democracia, mesmo com as suas lacunas, é o regime que estabelece a liberdade e a aprovação dos direitos das minorias.
E aí, gostou de saber mais sobre a Epistocracia? Restou alguma dúvida? Se sim, deixe-a nos comentários!
Referências:
- Estado da Arte – Contra a epistocracia
- Clovis Gorczevski e Nuria Belloso Martin – Cidadania, Democracia e participação política: Os desafios do século XXI
- Mensageiro de Bragança – Epistocracia versus Democracia
- UOL – Regimes de Governo
- O Londrinense – Democracia, epistocracia ou sufocracia?
- Politize! – Aristocracia: a nobreza de sangue azul
- Politize! – Oligarquia: entenda o que é e em que países já ocorreu!
- Politize! – O que é uma monarquia?
